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Mais uma pressão no calvário da Oi

Procuradores condicionam acordo a Andrade Gutierrez delatar Lulinha por conta da Oi

shutterstock_ Mmaxer_abstrataNão bastassem os enormes e intermináveis problemas vividos pela Oi, que está em recuperação judicial, a concessionária agora é submetida à sanha dos procuradores da Lava Jato. Segundo reportagem assinada por Mario Cesar Filho, da Folha de S. Paulo, os procuradores mandaram um recado claro aos executivos da Andrade Gutierrez, que no passado foi um dos acionistas da Oi. Querem saber por que a operadora comprou a Gamecorp, que tinha como um dos acionistas Fábio Luis Lula da Silva, filho mais velho de Lula. “Sem Gamecorp, Lulinha e teles, não tem acordo”, diz o texto.

Nada disso é novo. A compra da Gamecorp pela Oi, em 2005, por R$ 82 milhões, já foi investigada antes e na própria Lava Jato. Em sua delação premiada, Otavio Azevedo, então presidente da Andrade Gutierrez, declarou que a aquisição da Gamecorp, depois PlayTV, seguiu critérios de mercado e não políticos. Mas, segundo a reportagem, os critérios de mercado não convenceram os procuradores, que, como tudo o que se refere à Lula, buscam razões ocultas para o negócio, que seria um canal de acesso “ao PT e à cúpula petista”.

A reportagem também menciona o fato de a administração Lula ter incentivado a fusão entre a Oi e a Brasil Telecom, que acabou se revelando um fracasso, segundo o texto. No entanto, este negócio não está na mira dos procuradores.

O tema da Gamecorp voltou à mira dos procuradores porque o acordo da Andrade Gutierrez está em revisão, pois foram detectadas omissões de crimes por parte da empresa e também em decorrência do acordo de delação da Odebrecht. A Andrade Gutierrez foi uma das primeiras empresas a fechar acordos de delação e de leniência com procuradores da Lava Jato, em 2015, após aceitar pagar uma multa de R$ 1 bilhão.

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