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Prévia da inflação de agosto vem acima das expectativas do mercado.

O IPCA-15, a prévia da inflação avançou 0,28% em relação a julho. O consenso do mercado era para um aumento de 0,16%

Prévia da inflação mais alta- Crédito: Freepik
Crédito: Freepik
O IPCA-15, índice que aponta a prévia da inflação oficial,  de agosto avançou 0,28% em relação a julho, ante a deflação de de 0,07% de julho. Esse resultado ficou acima da expectativa dos analistas do banco digital XP (0,13%) e do consenso de mercado (0,16%). Na variação acumulada em 12 meses, o índice de inflação subiu para 4,24% em agosto, ante 3,19% em julho.
O principal desvio de alta em relação medida por esse índice, que indica a prévia da inflação,  à previsão do XP veio de ‘veículo próprio’ (+4,5%), passagens aéreas (+3%) e higiene pessoal (+3%). Por outro lado, os principais desvios descendentes da nossa previsão registaram-se em ‘Aluguéis e taxas’ (-2,6%).
“Destacamos a desaceleração mensal em ‘alimentação fora do domicílio’, ‘aluguel’ e ‘condomínio’, que pesam mais da metade dessa métrica. Assim, as medidas subjacentes ao IPCA-15 reiteram o recente processo de desinflação no Brasil, apesar da trajetória acidentada vista no índice cheio”, aponta o banco.
A categoria “preços industriais” foi responsável por grande parte da surpresa de alta em relação a nossa projeção (efetivo: 0,55% mês contra mês, enquanto o XP projetava aumento de 0,18% me XP: 0,18% mês contra mês), especialmente em “automóveis novos”. “Esperávamos uma variação mais suave para esse subitem mas a alta mais do que compensou a queda observada em julho. No tocante à inflação de alimentos, observamos surpresas altistas em ‘carnes’, apesar do item acumular queda anual de 8,6%, e ‘aves e ovos’.
“Ao todo, apesar do headline mais alto, a abertura do IPCA-15 de agosto é consistente com o nosso cenário de política monetária, que considera cortes de 0,50 nos juros nas próximas reuniões do Copom. Efetivamente, para o XP, não foi um número suficientemente bom ou ruim para ultrapassar a “barra alta” estabelecida pelo Banco Central, de alterar o ritmo de 0,50 de corte dos juros. “Seguimos projetando IPCA a 4,8% em 2023 e a 3,9% em 2024”, conclui o analista do banco digital.

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