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Balanço

Nokia vende menos por causa da crise mundial de Covid-19

Empresa reportou baixa de € 200 milhões nas receitas e prevê impacto maior no segundo trimestre do ano

A fabricante de equipamentos para redes de telecomunicações Nokia registrou ao menos € 200 milhões a menos em receitas por causa da crise de Covid-19 que assola o mundo desde\ dezembro.

O CEO da companhia, Rajeev Suri, informou que os problemas logísticos e na cadeia de suprimentos que surgiram com as políticas de quarentena impostas na China, que nos meses seguintes acabaram seguidas pelo mundo, foram a principal causa da redução das receitas.

A prioridade no momento, disse, é garantir a saúde dos funcionários, manter as redes críticas operando para os clientes, e assegurar que a companhia tenha uma posição forte de caixa.

“Não vimos acontecer nenhuma baixa na demanda no trimestre. Mas, conforme a Covid-19 avança, aumentam os desafios em logística e suprimentos em diversos países, o que pode obrigar alguns clientes a rever seus planos de investimento”, ressaltou.

Apesar desse impacto negativo, ele espera crescimento, uma vez que o uso das redes se intensificou nos meses iniciais do ano. Mas diz que o momento é de incertezas. “O maior impacto da crise do Covid-19 deve acontecer no segundo trimestre”, prevê no relatório financeiro publicado hoje, 30. “Achamos que essa indústria é resiliente, mas não está completamente imune”, lembrou.

Resultados do 1º trimestre

A Nokia registrou prejuízo de € 100 milhões no primeiro trimestre do ano. Embora o resultado seja negativo, foi muito melhor que as perdas de € 442 milhões do mesmo período de 2019.

As receitas encolheram 2% na comparação anual, para € 4,91 bilhões. A unidade de negócio de redes foi responsável por € 3,75 bilhões do faturamento, 5% a menos que no primeiro trimestre de 2019.

Com receita de € 613 milhões, a divisão de software foi a única a apresentar expansão (de 13%). A unidade Technologies (responsável pelo licenciamento de patentes) teve queda de 6%, para € 347 milhões nas vendas.

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