Plataforma das operadoras para medir isolamento social ficará no ar até final do ano

Big Data Mapas de Calor, criada pelas operadoras móveis de telecom para auxiliar no combate à Covid-19, gerou 1,3 milhão de índices de isolamento social. Por dia, a plataforma trabalhou com mais de 1 bilhão de registros feitos pelas 106 mil antenas de celular das operadoras.

Durante oito meses de operação, a plataforma Big Data Mapas de Calor, criada pelas operadoras móveis de telecom para auxiliar no combate à Covid-19, gerou 1,3 milhão de índices de isolamento social. Por dia, a plataforma trabalhou com mais de 1 bilhão de registros feitos pelas 106 mil antenas de celular das operadoras.

Os dados já foram utilizados por 17 estados e 22 municípios, que cobrem 90% da população brasileira, embora a ferramenta disponibilize os índices de todos os municípios brasileiros. Para continuar auxiliando as autoridades, o projeto, que inicialmente se encerrava em setembro, foi estendido até 31 de dezembro deste ano.

A plataforma, que está em operação desde abril deste ano, conta com a parceria das empresas Hugtak, Imagem/Esri, e Microsoft, que oferecem de forma gratuita a ferramenta aos governos e prefeituras que aderiram ao projeto. Essas empresas atuam na coleta, tratamento, processamento, armazenagem em nuvem e aplicação de georreferenciamento, produzindo os mapas de calor e os índices de isolamento e aglomeração.

“Essa parceria foi fundamental para que as informações das antenas de celular das operadoras fossem organizadas de maneira a permitir às autoridades uma leitura atualizada da situação e a definição de ações de enfrentamento à pandemia, tudo de forma gratuita”, comentou o presidente executivo da Conexis Brasil Digital, Marcos Ferrari. A Conexis coordena o projeto, desenvolvido pelas operadoras Claro, Oi, TIM e Vivo em conjunto com a ABR Telecom e com as empresas parceiras.

A plataforma usa dados estatísticos, agregados e anônimos, a partir da quantidade de celulares que estão conectados a uma determinada antena. Segundo as teles, não são dados que podem ser considerados pessoais, e sua coleta seguem a Lei Geral de Proteção de Dados.

Para ter acesso à plataforma, que está disponível para estados, capitais e municípios com mais de 500 mil habitantes, os governantes assinaram com as operadoras acordo de cooperação técnica. Essa medida se soma a inúmeras iniciativas do setor de telecom, que tem sido vital no enfrentamento à pandemia e essencial para a retomada da economia.

O papel dos parceiros

Conforme as operadoras, cada um dos parceiros (Hugtak, Imagem e Microsoft) tem um papel bem definido. Que são:

Hugtak – responsável pelo recebimento, processamento e consolidação das estatísticas das estações radiobase (ERBs) e administração dos ambientes computacionais em datacenter privativo e pelo ambiente em nuvem utilizado pela solução do mapa de calor.

Imagem – converte os dados em mapas interativos por meio da plataforma ArcGIS Esri, o sistema de informações geográficas mais utilizado globalmente. A Imagem recebe os dados anonimizados e unificados pela ABR Telecom. Esses dados são processados diariamente em Big Data na plataforma ArcGIS, que possui ferramentas capazes de gerar os indicadores que serão visualizados por meio de dashboards (painéis visuais). A primeira publicação dos dashboards acontece em uma área restrita para todas as operadoras envolvidas. Após a verificação, são disponibilizados para as administrações públicas. A tecnologia permite que o usuário interaja com os indicadores de aglomeração e isolamento social, volte na linha do tempo para checar dados passados, veja a linha de tendência, entre outras possibilidades.

Microsoft – responsável pela plataforma de nuvem Microsoft Azure sobre a qual o mapa de calor foi criado, que realiza o processamento dos dados de mobilidade de aparelhos móveis. A empresa prevê que vai calcular até 6 terabytes de dados nos próximos três meses. (Com assessoria de imprensa)

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Da Redação

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