Kassab diz que Correios precisam cortar custos, ou serão privatizados

Ministro afirma que Tesouro Nacional não irá socorrer a estatal, que acumula prejuízos.

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O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações Gilberto Kassab afirmou nesta terça-feira, 13, que a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) não será socorrida pelo Tesouro. Segundo ele, a diretriz na estatal é ajustar as contas, caso contrário, haverá privatização.

“Ou os Correios diminuem suas despesas ou vão passar por um processo de privatização”, disse hoje, 13, no Programa Por Dentro do Governo, da TV NBR. Segundo ele, a conjuntura econômica impede qualquer socorro à empresa, que acumula prejuízos bilionários.  “Os correios estão em uma situação muito difícil. Eu sei que é muito difícil cortar direitos dos trabalhadores, mais triste é você fechar uma empresa porque ela está insolvente”, acrescentou.

Trabalhadores

Para a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), a empresa não onera o governo federal ou o bolso do cidadão por meio da arrecadação de impostos. “Ao contrário, é o governo quem tem retirado verbas da empresa, sem retorno, nos últimos anos, como da ordem de R$ 6 bilhões”, diz. Segundo ele, a situação financeira dos Correios tem relação direta com a ingerência política na direção da estatal.

Ontem, 12, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu que os empregados dos Correios e seus dependentes terão de pagar mensalidade dos planos de saúde. A ação de dissídio coletivo havia sido ajuizada pela companhia ainda no ano passado, quando não houve acordo entre empregados e direção sobre a revisão do Postal Saúde no âmbito do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).

A decisão do TST ainda cabe recurso no próprio tribunal e ao Supremo Tribunal Federal. Os trabalhadores dos Correios entraram em greve por tempo indeterminado contra as mudanças no plano de saúde da empresa. De acordo com a Fentect, 31 sindicatos da categoria aderiram a greve. Hoje, após a decisão do TST, 18 permanecem no movimento paredista. Na tarde de hoje, os sindicatos farão novas assembleias para avaliar o futuro da greve.

 

Além dos mais de 140 mil funcionários da ativa e aposentados dos Correios, o Postal Saúde atendia a outras 250 mil pessoas, totalizando aproximadamente 400 mil vidas. (Com Agência Brasil)

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Da Redação

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