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Abrint

ISPs querem acesso aos 450 MHz

Basílio Perez, diretor da Abrint, diz que Anatel deve pensar em modelo de leilão da faixa com lotes por cidade ou grupos de até 4 cidades para permitir a entrada de ISPs


Não são apenas as distribuidoras de energia elétrica que vão pleitear acesso à frequência de 450 MHz. Também os provedores regionais de internet vão pedir que a Anatel distribua o espectro, que deve ser retomado das grandes operadoras, entre mais empresas.

“Os provedores de internet sempre quiseram os 450 MHz, desde o início. Em todas as consultas públicas lá atrás, sempre quisemos porque tem características propícias para o meio rural”, afirma Basílio Perez, diretor da Abrint. Ele explica que com a frequência é possível estabelecer links entre antenas separadas por 11 Km de distância.

“A faixa tem baixa capacidade, não dá para passar banda larga de hoje, mas na época [2012], dava para fazer links de 1 Mbps, 2 Mbps, que era nossa intenção. Depois surgiu a IoT em uso rural, e os 450 MHz vêm a calhar perfeitamente porque não precisa de grande banda”, acrescenta o executivo.

Ele rechaça ainda a ideia de que não há equipamentos capazes de usar a frequência. “Não tem celular. Mas tem equipamento ajustável que vai de 70 MHz a 3 GHz. Há como usar”, diz.

Perez avisa que, caso a Anatel relicite a frequência, os provedores estarão lá para comprar. Mas pede que o leilão seja modelado prevendo a aquisição de porções locais. “Vamos participar de um leilão. Mas não pode ser um leilão nacional, pois ficaria caro para os provedores. Teria de ter um modelos com lotes por cidade ou englobando três, quatro cidades”, conclui.

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