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Futurecom

A IoT que já virou realidade no Brasil

Drones conectados, carros conectados, geladeiras conectadas, fábricas conectadas. A internet das coisas está aí, em uso em lugares do país para gerir frotas, funcionários, estoques e o que mais for possível. Confira algumas das tecnologias demonstradas na Futurecom 2017.

Durante esta edição da Futurecom 2017 não faltaram exemplos de aplicações de internet das coisas. As empresas se reuniram em uma área dedicada à conectividade de objetos e como estes já começam a fazer parte do diaa dia dos brasileiros. O que se viu foi uma variedade de usos, dos carros conectados que já circulam em nossas vias, às soluções de varejo e industriais. Confira, abaixo, o que algumas das empresas demonstraram.

 

Este drone foi demonstrado pela Ericsson. O aparelho é pilotado pela internet, a partir de uma conexão móvel LTE-A (4,5G). O objetivo da demonstração não era mostrar a utilidade dos drones, mas como o tempo de resposta (latência) das novas conexões será baixo na 5G. Tão baixo que será possível pilotar veículos remotamente.
Este drone foi demonstrado pela Ericsson. O aparelho é pilotado pela internet, a partir de uma conexão móvel LTE-A (4,5G) da Vivo. O objetivo da demonstração não era mostrar a utilidade dos drones, mas como o tempo de resposta (latência) das novas conexões será baixo na 5G. Tão baixo que será possível pilotar veículos remotamente. Mas também mostrou o potencial de transmissão de dados, uma vez que o aplicativo de controle coleta informações e reproduz as imagens avistadas pela câmera presente da aeronave, em alta definição.

 

 

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A Pollux Automation, fabricante de equipamentos robóticos de Santa Catarina, demonstrou um conjunto para a Indústria 4.0. Aqui, um braço robótico inteligente e um robô de transporte, no qual o braço está depositando frascos. Ambos podem ser controlados pela internet através de uma VPN. E ambos emitem relatórios periódicos com informações de uso, do que fizeram, de deslocamento ou o que mais for possível.

 

 

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A SAP teve um problema com sua fábrica de cerâmica em miniatura. Danificada no transporte, essa maquete deveria mostrar como o Leonardo, software de inteligência e gestão para indústria 4.0 funciona. A maquete estava parada, mas a ideia por trás era mostrar como o software da empresa alemã pode determinar o funcionamento dos diferentes processos dentro de uma fábrica, das esteiras à gestão do estoque. E tudo remotamente, como preza a internet das coisas.

 

 

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Esta não é uma maleta de espião, embora traga equipamentos capazes de coletar dados sobre quem os usa. Trata-se do produto criado pela empresa brasileira Dev Tecnologia, graduada da incubadora Cietec (USP). As peças brancas são tags, que carregam sensores variados, de localização e temperatura, por exemplo. O blocos pretos são beacons, para capturar o local em que se situa a tag. Pode-se usar antenas no lugar dos beacons. Para que serve? Entre os usos atuais, para reduzir o passivo trabalhista. A Dev fechou contrato com um grande frigorífico para analisar a permanência de 3,7 mil trabalhadores em câmaras frias. Os coordenadores podem saber se os funcionários estão passando mais tempo do que deveriam expostos a baixas temperaturas. Ao todo, no país, há 10 mil dessas em uso em diferentes aplicações.

 

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A Oi, em parceria com a desenvolvedora Konker, apresentou uma ferramenta para gestão de gôndolas ou refrigeradores no varejo, lançado no meio do ano. Usando reconhecimento de imagens, o sistema é capaz de compreender quais produtos estão dentro da geladeira ou sobre a gôndola, contá-los, e avisar o repositor sobre a necessidade de reabastecimentos. No caso da geladeira, administra também sensor de porta e temperatura. Tudo é transmitido a uma central que analisa os dados e fornece relatórios atualizados em temo real ao cliente. O produto será usado, a partir da próxima semana, por uma grande varejista.

 

 

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A Claro Brasil, através da Embratel, demonstrou mais uma vez sua solução de carro conectado, presente no mercado desde 2013. A empresa tem parcerias com Volvo, Chevrolet e BMW no Brasil. No caso da Volvo, 100% dos carros saem de fábrica já com um SIM Card 2G/3G da Claro. Os veículos emitem informações para uma central da Volvo, que os analisa constantemente. A novidade desde ano é que a central passou a ser compatível com smartphones iOS e Android. O computador de bordo agora pode ser controlado a distância – o dono do veículo pode ordenar que o carro se ligue e acione o ar condicionado, por exemplo, minutos antes de embarcar. A Claro provê conectividade a 120 mil carros de passeio no Brasil no momento. Mas também tem soluções de rastreamento e logística de frotas comerciais, em parceria com Ford, Volvo e Mercedez. Em Belo Horizonte, por exemplo, é responsável pelo rastreamento da frota de ônibus da cidade.

 

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Aqui podemos ver dois equipamentos, os chamados smartmeters. Eles medem o consumo de energia (na parede) e de água (na base, às esquerda). A solução é da Claro, e foi desenvolvida por Huawei (software) e Hexing (medidores). Tanto o relógio d’água, quanto o de energia, usam um módulo NB-IoT, capaz de emitir informações a uma central por 13 anos. Ainda não existe ninguém no Brasil usando, mas a Claro pretende realizar pilotos com Celpe e Enel ainda este ano. Não às toa a operadora é a primeira a ter uma diretoria dedicada ao IoT em sua estrutura no país.

 

 

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Estão são drones de competição. Criados pela Unifei, de Itajubá, representam o Brasil em campeonatos internacionais de veículos aéreos não tripulados autônomos. E fazem bonito. Nos últimos três anos os estudantes da universidade ficaram entre os quatro primeiros colocados na categoria outdoor, em disputas contra EUA, China, França, Alemanha. Eles têm um sistema de inteligência artificial, o que lhes permite tomar decisões sozinhos em determinadas condições. Por exemplo, se forem programados para identificar pessoas em escombros, podem procurá-las e enviar alertas ao encontrá-las. Ou transportar equipamentos, ou percorrer circuitos. Pela internet, podem enviar relatórios do que estão fazendo a uma central. O desenvolvimento é todo feito na universidade, e a construção usa impressoras 3D. A placa de comando é uma Dragonboard, fornecida pela Qualcomm. A equipe de pilotos universitários se chama Black Bee Drones.

 

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A Qualcomm levou outras soluções além da Dragonboard. Nesta foto, se vê o design de referência para um roteador que reúne tecnologias Mesh 2.0, Zigbee, Bluetooth, capaz de funcionar como a central de conectividade de uma casa inteligente controlada por aplicativo no celular. A fabricante de chips garante que todas as comunicações são seguras e criptografadas. Por isso demonstra uma maçaneta inteligente (ao fundo, à esquerda), que pode ser operada remotamente, e as luminárias. Tudo controlado pela internet, e de qualquer lugar do mundo.

 

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Outra tecnologia da Qualcomm. Não tem nada a ver com internet das coisas, mas poderá complementar a era dos carros conectados. O safety car da Fórmula E estava no estande da empresa durante a Futurecom 2017 para mostrar sua tecnologia de carregamento de veículos elétricos “on the go”. A promessa da empresa é que um carro elétrico jamais ficará sem combustível – no caso, a eletricidade – se rodar sobre uma estrada equipada as placas Halo. O equipamento mantém a bateria sempre alimentada, e foi desenvolvido a partir da tecnologia de recarga sem fios de smartphones. No Brasil, ninguém usa. Nos Estados Unidos, enquanto as estradas não aderem ao modelo, donos de carros elétricos compram o kit Halo em lojas de autopeças para instalar na garagem de casa e não precisar plugar o veículo na tomada toda noite.

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