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Regulação

Com novo estudo, GSMA espera convencer reguladores a destinar faixa 6 GHz para redes móveis

Estudo da GSMA lançado nesta semana diz que destinação da faixa para o 5G traz mais impacto social do que a alocação para outras tecnologias

A GSMA, entidade que representa as operadoras móveis globais, continua determinada a convencer reguladores do mundo todo de que a faixa de 6 GHz precisa ser destinada para as redes celulares. Hoje, 3, publicou um novo estudo para mostrar os benefícios sociais do uso da faixa pelas companhias que exploram o 5G.

Segundo o material, os reguladores precisam alocar de 700 MHz a 1200 MHz da faixa de 6 GHz para o 5G licenciado para extrair o maior impacto social e benefício econômico deste recurso.

O material procura orientar as decisões que serão tomadas na Conferência Mundial de Radiocomunicações (WRC-23) do próximo ano e, posteriormente, pelos reguladores nacionais.

Vale ressaltar que no Brasil a faixa de 6 GHz foi integralmente destinada para uso não licenciado. Ou seja, é utilizada para o WiFi 6E, embora outras tecnologias de potência e alcance semelhantes também possam lançar mão do espectro. A GSMA buscou convencer a Anatel a não destinar toda a banda para a nova geração do WiFi, sem sucesso.

O relatório GSMA 2022 6 GHz IMT Ecosystem foi emitido quando governos e reguladores se reuniram na Mobile360 Asia Pacific, em Cingapura, nesta semana.

O interesse na faixa de 6 GHz tem motivo. É o maior bloco contíguo restante do espectro de banda média que pode ser alocado para dispositivos móveis licenciados na maioria dos países. Com mais banda média, as operadoras conseguem mais capacidade ao mesmo tempo em que o sinal pode cobrir em toda uma cidade.

Além disso, observa a GSMA, os amplos canais contíguos oferecidos pela faixa de 6 GHz podem reduzir a necessidade de adensamento da rede.

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