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Embratel e Caesb vão automatizar identificação de vazamentos na rede de água

A Prova de Conceito (PoC) da operadora utilizou sensores fixados às tubulações sem a necessidade de perfuração a e sem contato com a água. 
Embratel fecha acordo com a Caesb

A Embratel e a Caesb(Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal) investiram em projeto para automatizar a identificação de vazamentos na rede de distribuição de água tratada em Brasília. A Prova de Conceito (PoC) foi realizada utilizando sensores instalados fixados às tubulações sem a necessidade de perfurar a estrutura e sem contato com a água.

Utilizando conectividade M2M, os dispositivos de Internet das Coisas (IoT) foram capazes de identificar a localização exata dos vazamentos por meio de vibrações e ruídos dos canos. As informações coletadas pela tecnologia foram, então, processadas em Nuvem, por meio de solução de Inteligência Artificial (IA), e apresentadas em um painel de controle (dashboard) para envio de alertas e recomendações para notificar e apoiar a equipe técnica da Caesb, otimizando e agilizando as ações de reparo.

De acordo com o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), a cada 10 litros de água que deveriam ser entregues às casas brasileiras, 4 são desperdiçados. Ou seja, 40% da água própria para consumo no país é perdida.

A iniciativa desenvolvida pela Embratel na Caesb, utiliza a solução da Waterlog que automatiza, em tempo real, o trâmite de detecção de vazamentos e reduz os possíveis desvios. Para os testes realizados, o sistema foi implementado nas redes de distribuição de água de duas ruas do Distrito Federal.

O projeto digitalizado da Embratel encontrou vazamentos durante os testes efetuados em dois quarteirões. “A partir da parceria com a Caesb, é possível mostrar como a tecnologia é capaz de diminuir de modo expressivo a quantidade de água tratada desperdiçada no País”, diz Maria Teresa Lima, diretora-executiva da operadora para Governo. A executiva destaca que a Embratel atua fortemente para encontrar soluções que revolucionem o mercado, digitalizando iniciativas morosas e ineficientes.

Agilidade

“O sistema desenvolvido nos testes do Distrito Federal conta com equipamentos e infraestrutura de ponta, que permitem mais agilidade no reparo dos vazamentos e melhorias na rede de distribuição de água”, afirma Lima

“O Distrito Federal possui posição de destaque no saneamento nacional. A manutenção deste patamar de distinção envolve inovação, modernização e novas tecnologias para que a Empresa mantenha sua vantagem competitiva, atenda a população com excelência e siga preservando o meio ambiente e os recursos hídricos com primazia às próximas gerações”, diz Cristiano Gouveia, superintendente de Gestão Operacional da Caesb.

Os sensores instalados foram integrados a uma rede segura e de qualidade, que proporciona uma comunicação ininterrupta para atualização da plataforma digital (dashboard), que permite um melhor monitoramento de possíveis ocorrências em tempo real. Os dispositivos são autoconfiguráveis, contam com uma implementação simples e não necessitam de uma infraestrutura local; além de não serem invasivos às tubulações, ou seja, não há a necessidade de perfurar ou cortar os canos para sua instalação. Os aparelhos também possuem autonomia de três a cinco anos, sem precisar de manutenções e trocas de bateria. 

A tecnologia funciona de forma inteligente e quanto maior a área em que foi instalada e o tempo de monitoramento, melhores e mais precisos são os resultados. Com as informações coletadas pelos equipamentos e a constante alimentação de dados no dashboard, como os tipos de vazamentos e a quantidade de volume de água perdida em cada caso, a apuração tende a se tornar gradualmente mais eficaz, devido ao processo de aprendizado contínuo da solução.

Além disso, a iniciativa contou com um sistema de gestão completo que, além da emissão de alertas para notificar a equipe de manutenção de vazamentos, apresentou relatórios gerenciais que podem construir análises históricas para consulta, e mapas de calor para a visualização das regiões com mais problemas.

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