Claro rejuvenesce sua rede de banda larga fixa e comemora os resultados

A empresa parou de investir na tecnologia HFC, mexeu nos preços, agregou wifi Mesh e avança para novas cidades com Gpon. " Os resultados já aparecem", diz José Félix, presidente.
José Félix, presidente da Claro Brasil fala sobre as medidas tomada na rede de banda larga fixa. Crédito-Divulgação
O churn diminuiu, afirma José Félix, presidente da Claro Brasil. Crédito-Divulgação.

O presidente da Claro Brasil, José Félix, está entusiasmado com a atuação da empresa e os bom resultados que estão surgindo. E as boas notícias que tem recebido, afirma, não surgem apenas do segmento de telefonia móvel, mas também nos serviços de banda larga fixa, fruto de decisão tomada há dois anos, de rejuvenescer a rede.

Essa intervenção resultou em a empresa parar de investir na tecnologia de HFC ( Hybrid Fiber Coax), fazer o upgrade para a tecnologia  DOCSIS (Data Over Cable Service Interface Specification) para as 35 milhões de casas que contam com suas conexões (ou Home Passeds) e investir em GPON  (Gigabit-capable Passive Optical Network).

E Félix explica essa decisão: ” Nós somos líderes em banda larga fixa, mas precisávamos enfrentar a questão. Hoje, estamos entregando 1 Gbps de velocidade em todas as cidades brasileiras onde estamos presentes”. 

Conforme o executivo, a empresa deixou de investir em HFC porque essa tecnologia acabou ficando mais cara do que a GPON (Gigabit-Capable Passive Optical Network) . Assim, a Claro passou a só fazer investimentos  na tecnologia de fibra, sem o “C”  coaxial.

Segundo Félix, à medida em que havia o aumento da capacidade da rede, pelo aumento do tráfego de dados ou crescimento no número de clientes, a operadora fazia a intervenção na rede do HFC, instalando cada vez mais fibras entre os cabos coaxiais, até que resolveu partir para a tecnologia de fibra “solo”, a GPON.

Mais Iniciativas

Mas a Claro não fez apenas a intervenção na rede. Também decidiu formular ofertas mais atrativas; oferecer pacotes combinados com o celular e também interferir em uma das questões mais sensíveis para o usuário residencial, que é a qualidade do WiFi. ” Percebemos que as pessoas reclamavam da velocidade da banda larga, mas na verdade era o aparelho de WiFi que não aguentava mais. Passamos, então, a ofertar o WiFi Mesh, que amplia em muito a internet dentro de casa”, completou.

Com essas medidas somadas, Félix afirma que o resultado já pode ser comemorado, não apenas em relação à receita, mas também em relação à fidelização do cliente e queda do churn (ou rotatividade do cliente). ” O churn médio do mercado é de 3%. O nosso já está bem menor”, completa, preferindo não falar esse número.

Competição

E essas mudanças foram feitas, afirma, porque a competição atual virou um “mar de sangue”. Voltou a insistir que, enquanto houver regras assimétricas tão díspares entre os atores do mercado, a concorrência ficará limitada.

A princípio parece até uma afirmação contraditória. Mas Félix explica: ” foi um equívoco do regulador estabelecer que empresas de pequeno porte fiquem com  muito menos regras a cumprir se ocuparem menos de 5% do mercado nacional Ora, uma empresa pode ter 80% do mercado de banda larga fixa em uma cidade, como ocorre hoje, e continuar a ser tratada como uma empresa pequena”. Essa situação acaba sendo anti-competitiva, avalia, porque os competidores vão preferir atuar em outras praças, já que o Brasil é tão grande.

 

 

 

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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