Indústria eletroeletrônica exporta menos e déficit comercial aumenta no começo do ano

A importação de celulares cresceu 83% no primeiro bimestre, comparado ao mesmo período de 2016. O déficit da balança comercial do setor no primeiro bimestre do ano foi de US$ 3,75 bilhões, 34% a mais que no ano passado.

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As exportações do setor eletroeletrônico encolheram em fevereiro deste ano, comparado ao mesmo mês de 2016. As venda ao exterior somaram US$ 406 milhões, 3,2% mais baixas. Houve retração em praticamente todos os segmento, mas em telecomunicações, aconteceu uma expansão.

No mês, as vendas de equipamentos de telecomunicações cresceu 37,7%, atingindo volume de US$ 19 milhões. Em compensação, as vendas de aparelhos de informática caiu 33,1%, para o montante de R$ 19,4 milhões. Em relação a janeiro deste ano, as exportações cresceram em quase todos os segmentos, resultando em aumento médio de 16,3%. Os dados foram compilados pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee).

Compras
Já as importações cresceram 10% em fevereiro, em relação ao mesmo mesmo de 2016. Somaram US$ 1,96 bilhão. As maiores taxas de crescimento foram das importações de bens de Informática (+19,4%), itens de GTD (+18,5%) e Componentes Elétricos e Eletrônicos (+17,7%). A aquisição de semicondutores, por exemplo, aumento 59%.

O setor de telecomunicações aumentou as compras internacionais em 5,7%, para volume de US$ 140,6 milhões. O de inforática atingiu volum de US$ 100,2 milhões.

Bimestre
tabela-abinee-importacoes-jan-fev-2017Nos dois primeiros meses do ano os semicondutores foram os produtos cujas importações mais aumentaram. As indústrias brasileiras compraram US$ 799 milhões em chips, uma alta de 91% em relação ao primeiro bimestre de 2016. Em segundo lugar, vieram os componentes para equipamentos de telecomunicações. Esta categoria movimentou US$ 715 milhões, 29% mais que no mesmo período do ano passado. Já a importação de celulares subiu 83%, para US$ 11 milhões.

Do setor de TICs, os produtos mais exportados foram estações radiobase, cujas vendas cresceram 203%, para US$ 22 milhões, e componentes para equipamentos, que apresentaram retração em vendas de 32%, para US$ 15 milhões.

Com isso, o saldo da balança comercial do setor eletroeletrônica se manteve negativo. O déficit foi de US$ 3,75 bilhões, 34% superior ao registrado em janeiro-fevereiro de 2016.

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Da Redação

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