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Desempenho

Indústria de informática e eletrônico avança 18% em maio

Na comparação anual, entretanto, a queda foi de 31,1%, como mostra pesquisa do IBGE

Depois de duas taxas negativas, a produção de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos avançou 18% em maio frente a abril. Porém, na comparação com igual mês do ano passado a queda é de 31,1%, conforme mostra pesquisa do IBGE, divulgada nesta quinta-feira, 2. 

Para o instituto, a alta se deveu mais a comparação com uma base muito baixa do que pelo aumento da fabricação, ainda impactada pelo isolamento social, provocado pela pandemia do novo coronavírus. O resultado, no entanto, está bem acima da média da produção nacional, que envolve todos os segmentos industriais, que ficou em 7% na comparação mês a mês. 

No acumulado do ano, a produção na área de informática e produtos eletrônicos e ópticos teve queda de 16,8% e de – 4,3%, considerando os últimos 12 meses. O IBGE ressaltou que a fabricação no mês foi foi também prejudicada pelo efeito-calendário negativo, já que maio de 2020 (20 dias) teve dois dias úteis a menos do que igual mês do ano anterior (22). 

Os produtos que apresentaram maiores quedas foram televisores, telefones celulares, máquinas automáticas digitais para processamento de dados, aparelhos de comutação para telefonia, relógios de pulso, e computadores pessoais de mesa (PC desktops). Além de rádios para indústria automobilística, peças e acessórios para máquinas para processamento de dados, impressoras, receptor-decodificador de sinais de vídeo codificados, monitores de vídeo e indicadores de velocidade. 

A indústria como um todo teve expansão de 7% em maio frente a abril, interrompendo dois meses de resultados negativos consecutivos: -9,2% em março e -18,8% em abril. Em relação a maio de 2019, a indústria recuou 21,9%, sétimo resultado negativo seguido nesse tipo de comparação e a segunda queda mais elevada desde o início da série histórica, atrás apenas de abril de 2020 (-27,3%). No ano, a indústria acumulou queda de 11,2%. Em 12 meses, o recuo foi de 5,4%, o mais intenso desde dezembro de 2016 (-6,4%). 

A alta de maio foi a mais elevada desde junho de 2018 (12,9%), mas eliminou apenas pequena parte da queda de 26,3% acumulada entre março-abril de 2020. O comportamento positivo foi disseminado, explicado especialmente pelo aumento do ritmo produtivo, após os meses de março e abril refletirem o aprofundamento das paralisações ocorridas em diversas plantas industriais, por conta do movimento de isolamento social em função da pandemia da COVID-19. Porém, mesmo com o desempenho positivo mais acentuado em maio, o total da indústria ainda se encontra 34,1% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011.  

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