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Grupo TIM diz que oferta do KKR pela rede fixa não reflete real valor do ativo

Proposta do KKR não atendeu "expectativas" e não garante sustentabilidade da empresa resultante, avalia o conselho de administração do Grupo TIM

O Conselho de Administração do Grupo TIM se reuniu nesta sexta-feira, 24, para decidir se aceita a oferta fundo de investimentos KKR e continua as negociações pela a venda dos ativos de rede fixa. Após a deliberação, os executivos reunidos concluíram que a proposta foi insuficiente, mas concordaram em abrir mais informações para o fundo melhorá-la.

A oferta feita até aqui é não vinculante, ou seja, não existe qualquer obrigação ou multas caso uma das partes desista das tratativas.

“Consideramos que a proposta não reflete o valor total dos ativos e as expectativas da própria TIM, inclusive em termos quanto à sustentabilidade da companhia resultante da transação”, diz a empresa em comunicado ao mercado.

A fim de permitir ao KKR melhorar a proposta, o Conselho aprovou conceder, de forma não exclusiva, informações adicionais que ajudem o interessado a melhorar a oferta. Além disso, deu prazo até 31 de março para aperfeiçoamento da proposta.

O Grupo TIM planeja vender os ativos de rede fixa, inclusive a FiberCop e parte da Sparkle, a empresa de atacado internacional do grupo. O plano foi elaborado pelo ex-CEO da TIM Brasil, Pietro Labriola, e busca reduzir o endividamento total da holding, de 25 bilhões de euros (cerca de R$ 136,9 bilhões).

A proposta do KKR previu adquirir a rede fixa, a FiberCop e parte da Sparkle, como desejado. O valor oferecido não foi divulgado oficialmente. Segundo a imprensa italiana, foi de 20 bilhões de euros.

Vencia incialmente no fim deste mês de fevereiro, mas o próprio fundo prorrogou a validade a pedido do governo italiano, que quer mais tempo para avaliar como ficaria sua participação e poderes sobre a nova empresa a ser formada.

Atualmente, o governo tem a chamada golden share, ação que lhe permite vetar qualquer negócio societário do Grupo TIM. Também há movimento do CDP, banco estatal, em apresentar contraoferta junto com o fundo MacQuarie, o que ainda não foi feito.

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