Em disputa acirrada, Claro vence maior licitação federal de nuvem

Claro disputou com EDS, IPNet e Telefônica. A rival EDS, que apresentou maior número de contrapropostas, entrou com recurso. Resultado final sai em 31 de agosto.

Crédito: Divulgação

A Claro venceu a licitação da nuvem organizada por Tribunal de Contas da União (TCU), Controladoria-Geral da União (CGU) e Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o maior já feito por órgãos federais para contratação de nuvem pública. O certame foi disputado também pela Extreme Digital Solutions, pela IPNet e pela Telefônica Brasil.

O edital prevê o fornecimento de “Unidades de Serviços Técnicos de Intermediação para Nuvens Públicas” para prestação de serviços de Tecnologia da Informação (TI) ao longo de 30 meses, prorrogáveis até o limite de 60.

Na primeira rodada, a Claro e a EDS apresentaram proposta igual, equivalente ao preço máximo sugerido pelos órgãos: R$ 286,66 milhões. A IPNet ofertou R$ 291,65 milhões. E a Telefônica Brasil apresentou lance muito mais alto que os demais, de R$ 859,98 milhões.

Nas rodadas subsequentes, todas as empresas baixaram os preços. O menor preço apresentado pela Telefônica foi de R$ 253 milhões, no décimo lance – a disputa teve 72 lances. Tanto Claro, quanto EDS, seguiram baixando os preços. Ao fim, a operadora apresentou proposta de R$ 166,80 milhões, reduzindo assim em 41,8% a oferta inicial. A EDS, por sua vez, baixou em 40,8% sua proposta, que alcançou R$ 169,57 milhões.

A licitação transcorreu na última semana, com a Claro sagrando-se vencedora no dia 14 de agosto. A EDS entrou com recurso, que ainda será analisado.

No recurso, a EDS alega que a Claro apresentou atestados técnicos inadequados pelas regras do leilão. “Nenhum dos atestados da CLARO comprova a execução de serviços, através de demonstração de consumo do contrato por, pelo menos, 12 (doze) meses, correspondentes ao mínimo de 10% (dez por cento) do valor anual estimado para a presente contratação”, diz. A empresa também questiona a regularidade fiscal e trabalhista da operadora e, com isso, pede sua inabilitação.

A operadora tem até o dia 24 para rebater. Em 31 de agosto sairá a decisão definitiva do governo.

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Rafael Bucco

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