GSMA quer faixa de 600 MHz para o 5G até 2030

Frequência de 600 MHz é importante para cobrir a zona rural e melhorar o sinal indoor do 5G nas cidades, diz a GSMA.
Sai acórdão do Cade sobre venda da Oi Móvel Crédito: Freepik
As compradoras terão que oferecer 15% do espectro para a competição. Crédito: Freepik

A GSMA, associação global das operadoras móveis, divulgou estudos hoje, 1º, em que estima as necessidades de espectro das operadoras em 2030, e antevê que os reguladores precisam liberar a faixa de 600 MHz para cobertura, rural, mais 2 GHz em bandas médias (entre 1 GHz e 6 GHz), e mais 5 GHz nas ondas milimétricas.

Segundo a entidade, todo esse conjunto de frequência são importantes para comportar as exigências de banda larga móvel ultra veloz do futuro e a capacidade de transmissão de grande volume de dados. Também são importantes para ampliar a cobertura do sinal.

Para a GSMA, com mais 5 GHz de espectro na faixa de ondas milimétricas (acima dos 26 GHz), é possível massificar a eMBB (banda larga móvel melhorada, na sigla em inglês) e entregar mais links de banda larga fixa baseada em 5G (FWA) em áreas densas urbanas, além de desenvolver mais aplicações corporativas.

Nas ondas médias, os 2 GHz adicionais de espectro desejados pela entidade seria destinados para atender às soluções de cidades inteligentes a partir de 2030.

Nas ondas baixas, a faixa de 600 MHz pode incrementar a velocidade da banda larga em zonas rurais em 30 a 50%. Essa faixa é utilizada no Brasil pela radiodifusão, para a transmissão de TV digital terrestre aberta UHF.

A entidade afirma que o sucesso da 5G não depende de uma faixa de frequências, mas da disponibilidade de diversos tipos de faixas. Daí a exigência por espectro baixo, médio e alto.

Os casos de uso previstos para o espectro de ondas milimétricas citados pela GSMA incluem atendimento de áreas urbanas densas, estádios, casas de show, ambientes com alta circulação humana.

As ondas médias, diz, são aquelas capazes de capturar mais valor, promovendo não apenas as cidades inteligentes, como banda larga em toda a área das cidades, digitalização da sociedade, da saúde e da educação.

A frequências de 600 MHz também deve ser utilizada para expandir a cobertura urbana graças a seu coeficiente de penetração.

Os estudos podem ser lidos, em inglês, aqui para espectro baixo, aqui para médio, e aqui para milimétrico.

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Rafael Bucco

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