Huawei prevê demissões devido a banimentos em diferentes países

Fundador e CEO da companhia admite cenário desafiador e diz que 5G será menos rentável que a 4G.

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A Huawei já estuda quais serão os reflexos dos banimentos comerciais que vem sofrendo em diferentes mercados. Se mais países fizerem o mesmo que EUA, Austrália, Japão, Nova Zelândia, França, Reino Unidos e Alemanha a companhia terá de cortar custos e demitir funcionários. A afirmação é do fundador da companhia, Ren Zhengfei, em email enviado a funcionários e visto pelo site Mobile World Live.

A empresa tem 180 mil funcionários mundo afora, receita anual acima de US$ 100 bilhões e lucro acima dos US$ 7 bilhões, conforme relatório de 2017. O de 2018 ainda não foi publicado.

Conforme a publicação, ele admitiu que as projeções otimistas para o ano de 2019 não devem se concretizar. Disse, ainda, que o 5G não será uma tecnologia tão revolucionária como se imagina pois terá usos específicos, ao contrário do 4G, cuja maioria dos casos de implementação previa cobertura nacional. A maioria dos banimentos foca, justamente, a proibição de venda pela companhia de seus equipamentos de infraestrutura 5G.

Na semana passada, Zhengfei falou que a Huawei cresceria 20% em 2019 e que a guerra comercial entre Estados Unidos e China não impactaria suas receitas de forma significativa. Mas admitiu que o futuro seria desafiador. Também falou que a empresa não coleta ou repassa dados ao governo da China, que os banimentos são infundados e que as tecnologias da Huawei podem ser auditadas. (Com agências internacionais)

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Da Redação

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