Huawei diz que receita cresceu 21% em 2018

Companhia ultrapassou a Apple em venda de smartphones, foi banida do mercado de infraestrutura de telecomunicações 5G em diversos países e teve a CFO presa em 2018. E ainda faturou US$ 108,5 bilhões.
Guo Ping, presidente rotativo da Huawei (divulgação)

A Huawei divulgou ontem informações preliminares sobre seu desempenho no ano de 2018. A companhia chinesa, que enfrenta restrições mercadológicas em países como Estados Unidos, Austrália, Alemanha, Japão, Nova Zelândia, Reino Unido, França, e é um dos alvos da guerra comercial travada entre EUA e China, diz que apesar dos pesares, cresceu dois dígitos no ano que passou. Segundo comunicado, a receita da companhia avançou 21% em relação a 2017. Faturou no ano o equivalente a US$ 108,5 bilhões. O lucro não foi informado.

Se a expansão no segmento de infraestrutura sofreu os maiores reveses em função da pressão norte-americana sobre aliados, no mercado consumidor, a empresa se consolidou como segunda maior fabricante de smartphones do planeta, atrás apenas da Samsung. Ultrapassou a Apple, e, com isso, assegurou a expansão nas receitas. Foram 200 milhões de smarphones vendidos.

O presidente rotativo da fabricante, Guo Ping, enviou aos funcionários uma mensagem de Ano Novo na qual diz que a empresa cresceu mesmo com as restrições enfrentadas, que em 2019 o cenário ainda trará desafios semelhantes, mas que trabalha para criar uma estrutura administrativa mais resiliente. “A aprovação e a confiança que recebemos de nossos clientes é nossa melhor resposta às conjecturas negativas e restrições de mercado”, afirma na carta.

Para ele, as críticas dos norte-americanos e demais países que baniram a empresa de seus mercados de infraestrutura de rede são infundadas. “A Huawei nunca representou e nunca representará uma ameaça à segurança”, disse.

A estratégia será atender o mercado de telecomunicações de ponta a ponta. “Se pudermos desenvolver a arquitetura de rede mais simples possível, garantir o mais alto nível de segurança cibernética e proteção de privacidade, produzir os melhores produtos e fornecer os melhores serviços, nenhum mercado poderá nos manter longe”, avisou.

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Rafael Bucco

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