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Huawei: discussões sobre 5G ficarão restritas a questões técnicas, diz governo.

Segundo Júlio Semeghini, secretário-executivo do MCTIC, não cabem vetos no edital mas sim garantir transparência para que todos possam participar

O governo está tratando como uma “tomada de posição” a decisão de manter no nível técnico toda a discussão que envolva a 5G, sem viés empresarial ou político. A informação foi dada pelo secretário-executivo do MCTIC, Júlio Semeghini ao comentar o encontro realizado ontem entre o staff do Brasil e América Latina da Huawei, alvo de polêmica por conta da disputa entre Estados Unidos e China, com o presidente Jair Bolsonaro.

“Permitir a concorrência, o que tem de melhor para o Brasil, os melhores produtos, os menores custos e que a gente possa avançar mais rápido nas novas infraestruturas de telecom que virão após o leilão”, disse o exectivo.

De acordo com o secretário, essa tomada de posição de tratar o assunto do ponto de vista técnico é importante mesmo que a questão da infraestrutura da 5G não conste no edital.

“O que é importante no edital é que deixe claro a transparência para que todos possam participar  Não podemos construir  vetos. O edital, na verdade, vai trabalhar de maneira genérica, assegurando a participação daqueles que têm qualidade, tecnologia para implantar na nossa rede e aí partir daí as decisões serão daqueles que estiverem comprando”, detalhou.

Semeghini declarou que a reunião no Palácio do Planalto foi muito importante porque abriu caminho para a relação do próprio presidente com a Huawei.

A audiência foi concedida por Bolsonaro na esteira dos entendimentos comerciais entre Brasil e China durante o encontro dos Brics, na semana passada. A Huawei é considerada inimiga dos Estados Unidos pelo chefe da Casa Branca, Donald Trump, que a acusa de fazer espionagem para o governo comunista. A Huawei nega.

 

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