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Huawei considera positiva decisão da União Europeia sobre 5G

Bloco não vetou a fornecedora de participar de licitações de equipamentos 5G. No entanto, orientou países a analisar o risco dos fornecedores e bloquear aqueles considerados de alto risco de pontos estratégicos das redes, como o núcleo.

A fabricante de equipamentos de rede Huawei emitiu comunicado nesta sexta-feira, 31, pelo qual “exalta” a decisão da União Europeia de não impor uma barreira para que os países do bloco comprem tecnologia 5G da empresa.

“Essa abordagem não tendenciosa e baseada em fatos em relação à segurança do 5G permite à Europa ter uma rede 5G mais segura e mais rápida”, diz o comunicado. A Huawei faz negócios com europeus há quase 20 anos. É fornecedora de quase todas as operadoras locais de telecomunicações.

Nesta semana a Comissão Europeia divulgou suas diretrizes para que os países do bloco implantem com segurança sistemas para redes 5G. Havia expectativa sobre como os europeus responderiam a pressões dos Estados Unidos para que a Huawei fosse barrada de participar como fornecedora da tecnologia das operadoras.

No fim, o que se viu foi a Comissão Europeia não impondo uma regra que vete a Huawei diretamente no continente, mas abrindo a possibilidade para que cada país assim o faça se considerar necessário.

A Comissão criou uma série de diretrizes que orientam cada país-membro a garantir a capacidade de perscrutar a segurança das redes. Sugere que se crie uma escala de risco a ser aplicada entre os fornecedores; que as operadoras só comprem equipamentos de fornecedores considerados de alto risco caso consigam colocar em prática medidas de supervisão do tráfego e que jamais coloquem equipamentos desses fornecedores em ativos críticos, como núcleo de rede, orquestração de funções ou funções de rede de acesso.

As recomendações também orientam os países a incentivar as operadoras a não concentrar a compra de equipamentos em poucos fornecedores, fugindo, principalmente, da dependência daqueles fabricantes considerados de alto risco. O risco será definido por um grupo de trabalho pan-europeu. Entre várias outras medidas.

Os estados-membros da UE terão até 30 de abril para implementar todas as medidas propostas. A partir de 30 de junho, a Comissão passa a avaliar se as diretrizes estão sendo devidamente implementadas.

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