Títulos de renda fixa chegam a quase R$ 1 tri no primeiro semestre

Os títulos de renda fixa corporativos na B3 alcançaram estoque no valor de R$ 996,5 bilhões, 31% maior ante o primeiro semestre de 2021.
Títulos de renda fixa chegam a quase R$ 1 tri no primeiro semestre - Crédito: Freepik
Crédito: freepik

No primeiro semestre de 2022, os títulos de renda fixa corporativos registrados na B3, que incluem debêntures, Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA), Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), Certificado de Recebíveis (CR) e Notas Comerciais, alcançaram estoque no valor de R$ 996,5 bilhões. O número é 31% maior do que o registrado no primeiro semestre de 2021.

O aumento de emissões foi registrado em todos os produtos de dívida corporativa ao longo do semestre, com destaque para as debêntures, que foram os títulos com maior crescimento. Entre janeiro e junho, foram registrados R$129,4 bilhões em debêntures, 50% acima do valor registrado no primeiro semestre de 2021. O estoque do produto chegou a R$ 761,6 bilhões.

“O significativo crescimento dos produtos de renda fixa no semestre pode ser explicado principalmente pelos consecutivos aumentos na taxa básica de juros. Com taxas mais altas, os títulos de renda fixa voltam a ser mais atrativos para o investidor, o que também cria um cenário para as empresas captarem recursos no mercado de capitais por meio dos títulos de dívidas corporativas”, explica Fábio Zenaro, diretor de Produtos de Balcão e Novos Negócios da B3.

Os registros de CRIs representaram R$ 17,9 bilhões no semestre, aumento de 32% em comparação ao mesmo período do ano anterior. O estoque do produto em junho de 2022 somava R$114,6 bilhões. Os CRAs tiveram R$ 16,8 bilhões registrados, aumento de 58%. O estoque do produto ficou em R$76,3 bilhões. Além disso foi emitido o primeiro Certificado de Recebíveis (CR) em maio deste ano, regulado através da Medida Provisório 1.103.

O volume financeiro emitido de Notas Comerciais até junho triplicou com relação ao mesmo período do ano anterior. Enquanto no primeiro semestre de 2021 as emissões somaram R$ 5,7 bilhões, em 2022 o número saltou para R$ 19,7 bilhões. Esse aumento também é devido a nova estrutura de Notas Comerciais Escriturais introduzida pela Lei 14.195 em agosto de 2021.

(com assessoria)

Avatar photo

Redação DMI

Artigos: 1770