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Presidente da EACE, entidade responsável por conectar escolas, pede demissão

EACE, entidade de conexão das escolas com recursos do leilão 5G, passa a ser comandada por Paula Martins. Vicente Aquino, presidente do grupo de acompanhamento da Anatel, diz que a dança de cadeiras não afeta cronograma.

(Crédito: Freepik)

Maxwell Vieira, presidente da EACE, entidade criada a partir do leilão 5G para transformar R$ 3,5 bilhões em conectividade para escolas públicas do ensino básico, pediu demissão. Ele ocupava o cargo desde abril de 2022, mas deixou o posto em janeiro. Em seu lugar, assumiu a diretora de marketing, Paula Martins.

Vicente Aquino, presidente do GAPE, o grupo da Anatel responsável pelo acompanhamento das iniciativas de conectar escolas, diz que Vieira pediu demissão em dezembro, alegando desejo de tocar projetos pessoais.

Aquino garante que a demissão do presidente da EACE não trará atrasos à iniciativa. “O projeto-piloto está caminhando sem percalços e já iniciamos a vistoria de escolas que serão conectadas na próxima fase”, falou o conselheiro ao Tele.Síntese.

Segundo ele, das 177 escolas que receberiam acessos pelo projeto-piloto, 119 já estão conectadas. Destas, 115 receberam banda larga baseada em fibra óptica, com velocidade de 200 Mbps. Outras quatro escolas são conectadas por rádio, com link de 100 Mbps.

“Em ambos os casos, muito acima da média de 10 Mbps que estávamos vendo nas instituições”, garante. Dessas 63 receberam infraestrutura interna. Todas devem ter a conexão e laboratórios de informática entregues até o final de maio.

Até julho, afirma Aquino, espera-se conectar mais 2.323 escolas de todo o país, nas quais estudam outros 823 mil alunos. As equipes da EACE já iniciaram as visitas a estas unidades a fim de identificar qual infraestrutura deve ser implantada para atender administração, professores e estudantes – se a melhor solução é fibra, rádio ou outra tecnologia.

No dia 6 de fevereiro, terminou o prazo para empresas de satélite apresentarem suas propostas de conectividade à EACE de sete escolas indígenas localizadas na cidade de Gaúcha do Norte. O contrato prevê link de  entre 50 Mbps a 100 Mbps nestes locais.

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