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Governo Trump, nos EUA, avalia estatizar rede 5G

Conselho Nacional de Segurança teme o uso de tecnologia estrangeira nas comunicações do país. Integrantes do governo já teriam se reunido com representantes de AT&T, Verizon, Ericsson e Google, entre outras, para debater a possibilidade.

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O governo do republicano Donald Trump aventa estatizar redes 5G a fim de evitar que a tecnologia seja dominada por estrangeiros. Trump assumiu a presidência dos Estados Unidos ano passado, com uma plataforma dita liberal, que incluiu a redução de impostos para grandes empresas. Mas mantém, ao mesmo tempo, um discurso nacionalista, que prevê o fechamento de fronteiras e incentivo à produção local.

No domingo, o site Axios teve acesso a um documento do Conselho Nacional de Segurança, segundo o qual a administração Trump traça dois planos para controlar as futuras redes 5G e impedir que fabricantes chineses as construam. Na primeira hipótese, haveria estatização, as redes seriam do governo, que a alugaria para as operadoras. Na segunda, as operadoras construiriam as redes, como é hoje, mas seguindo diretrizes e obrigações impostas pelo governo federal.

Sai pra lá

O memorando, claro, causou forte reação nos EUA, em diversos segmentos. Na Federal Communications Commision (FCC), autarquia que regula o setor de telecomunicações, qualquer iniciativa de controle sobre a construção das redes foi descartada.

“Qualquer esforço federal em construir uma rede nacionalizada 5G seria custoso e contra-produtivo, seriam distrações ante as políticas que precisamos ter para que os EUA ganhem a corrida pela 5G”, afirmou Ajit Pai, presidente da FCC.

Também representantes de entidades que fazem lobby pelas operadoras afirmaram que o governo deve se preocupar com políticas que incentivem a indústria a crescer. No Congresso, deputados de situação e oposição manifestaram contrariedade e incredulidade de que uma lei que permita o avanço da proposta seja aprovada.

Desde o vazamento do documento, no último domingo, até agora, descobriu-se que funcionários de Trump já se reuniram com representantes das operadoras AT&T e Verizon, da fabricante Ericsson e de outras empresas que dependem da rede, como Google. Nessas reuniões, os executivos teriam demonstrado desagrado com o plano. (Com agências internacionais)

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