Governo cria órgão com missão de convencer estrangeiro a investir em P&D no Brasil

A "Sala de Inovação" será composta por integrandes de Apex-brasil, Itamaraty, MCTIC, MDIC, BNDES, CNPq, Finep.

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O governo federal publicou hoje, 20, decreto de criação da Sala de Inovação do Poder Executivo. O órgão ficará encarregado de definir as estratégias para atração de investimentos estrangeiros e instalação de novos centros de pesquisa em tecnologia no Brasil.

Será dirigido por um comitê formado representantes de Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Ministério de Relações Exteriores, Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Agência Brasileira de promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e Financiadora de Estudo e Projetos (Finep). Cada um terá dois representantes no comitê, sendo um titular e um suplente.

Comando

O responsável pela operação de fato da Sala de Inovação, será o secretário-executivo. Este virá ora do MDIC, ora do MCTIC, e terá mandato de dois anos. O comitê em si se reunirá trimestralmente e, conforme o decreto, seus integrantes não serão remunerados.

A Apex-Brasil será a encarregada de atender as empresas estrangeiras que desejem investir no Brasil. Deverá prestar assessoria e elaborar planos de promoção da imagem do país no exterior como um ambiente receptivo ao capital estrangeiro. Para isso, usará a marca Innovate in Brazil.

Conforme nova metodologia Banco Central, o país recebeu US$ 78 bilhões em investimentos diretos estrangeiros (IED) em 2016, mais que em 2015 (US$ 74,7 bilhões), e muito menos que em 2014 (US$ 98 bilhões). Para este ano, espera-se novo aumento do IED, para cerca de US$ 80 bilhões, embora o banco não esclareça quanto será destinado à pesquisa em inovação.

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Rafael Bucco

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