Gigantes digitais aderem a proposta Europeia de combate ao discurso de ódio

Google, Facebook, Microsoft e Twitter vão verificar denúncias e retirar conteúdos racistas ou xenofóbicos do ar em até 24 horas

A Comissão Europeia publicou hoje, 31, um código de conduta para empresas de tecnologia coibirem a disseminação de discursos de ódio na internet. Ao menos quatro gigantes já se comprometeram a seguir o código: Google, Facebook, Microsoft e Twitter. Pelos termos, as empresas concordam em retirar do ar, em 24 horas, textos, imagens, sons e vídeos denunciados como de ódio.

Os ataques terroristas recentes acontecidos na Europa, em Paris e e Bruxelas, motivaram a criação do código. Segundo a Comissão Europeia, o discurso de ódio é um dos principais instrumentos de radicalização de jovens. O acordo com as companhias de tecnologia é visto como um dos gestos possíveis, e mais ágeis, para prevenir a disseminação desses discursos. Outro leva mais tempo, e exige que os governos dos países que compões a União Europeia criem leis que permitam o combate ao racismo e à xenofobia.

“Temos sistemas eficientes para rever notificações válidas em menos de 24 horas e remover os conteúdos ilegais. Estamos satisfeitos em contribuir com uma abordagem de auto-regulação para combater o discurso de ódio online”, afirmou Lie Junius, diretor de relações governamentais do Google.

Monika Bickert, head global de políticas de gerenciamento do Facebook, lembra que os termos de serviço da rede social proíbem a veiculação de mensagens de ódio. “Convocamos a todos que usem nossas ferramentas de denúncia caso se deparem com um conteúdo que acreditem violar nossos padrões. Temos times trabalhando na avaliação dessas denúncias em tempo integral, com capacidade de agir rapidamente”, completa.

O que há no acordo
As empresas se comprometem a investir continuamente no desenvolvimento de ferramentas que ajudem a prevenir a disseminação dos discursos de ódio. Deverão ampliar os laços com organizações da sociedade civil que ajudem a combater o avanço desses conteúdos.

Juntamente com a Comissão Europeia, deverão incentivar e promover iniciativas que narrativas alternativas e programas educacionais que ampliem o pensamento crítico. As empresas deverão avaliar denúncias que levem, ou não, à remoção de conteúdo em no máximo 24 horas. Terão de fornecer relatórios sobre as denúncias recebidas e de conteúdo retirado do ar aos estados -membros. 

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Da Redação

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