Finep destina R$ 1,5 bilhão para IoT

Os recursos serão direcionados para empresas com produtos e soluções prontos para serem lançados no mercado
Projetado pelo Freepik
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A Finep vai oferecer melhores condições de financiamento a empresas brasileiras que apresentarem projetos de Internet das Coisas. Será disponibilizado R$ 1,5 bilhão para apoiar iniciativas ligadas ao tema até o fim de 2018.

Para oferecer crédito mais atraente, a Finep vai conceder bônus de relevância setorial de 1,0% ao ano (a.a.) em cima de suas linhas de ação já existentes. A bonificação é cumulativa ao bônus de apresentação de garantias financeiras, ou seja: com o Finep IoT, as empresas podem conseguir empréstimos com taxa de juros de até TJLP-1,0% a.a.

Se o projeto tiver foco em telecomunicações, a melhor taxa passa a ser TR+3% a.a. Dependendo do grau de inovação dos Planos Estratégicos de Inovação (PEIs), a Finep pode financiar até 90% do projeto. O prazo de carência é de até 48 meses e o prazo total pode chegar a 12 anos, também de acordo com a relevância da inovação.

Para se enquadrarem no programa, os projetos precisam ter como referência o conceito de Internet das Coisas e demais tecnologias habilitadoras da Manufatura Avançada, com aplicações na saúde, indústria, no agronegócio (ambiente rural) e no desenvolvimento urbano (cidades). Estão aptas a participar empresas com receita operacional bruta a partir de R$ 16 milhões. O valor mínimo das operações é de R$ 5 milhões.

A ação está dividida em três eixos: desenvolvimento de soluções digitais baseadas em IoT e demais tecnologias habilitadoras; formulação de planos estratégicos de digitalização dos processos produtivos; e implementação dos planos estratégicos de digitalização dos processos produtivos.

A maior parte dos recursos (R$ 1,1 bilhão) vem da própria Finep. O restante (R$ 400 milhões) é proveniente do Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel). É a primeira vez que a Finep lança um programa de fomento para incentivar o setor no País.

Segundo o gerente de projeto do Ministério da Ciência Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Guilherme Correia, os recursos serão destinados, prioritariamente, para empresas que já tenham produtos e soluções prontos,  mas que estão com dificuldades em entrar no mercado consumidor, conhecidas como empresas que estão no”vale da morte”.

As condições de financiamento, explicou Correia, serão diferentes para os recursos da Finep (R$ 1,1 bilhão) e os que virão do Funttel (Fundo de desenvolvimento das Telecomunicações), que irá disponibilizar R$ 400 milhões. Os recursos da Finep serão emprestados a TJLP -1%; e os do Funttel, as taxas serão a TR mais 3% ao ano. Ambos os financiamentos, disse Correia, terão prazo de 12 anos e quatro anos de carência para o pagamento.

A diferença entre esses recursos e os do BNDES, anunciados esta semana – de R$ 20 milhões – é que os do BNDES são não reembolsáveis, ou seja, não precisarão ser pagos pelo tomador do empréstimo. (com assessoria de imprensa).

 

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Da Redação

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