FCC quer licitar faixa de 28 GHz em novembro

O presidente da FCC, Ajit Pai, promete licitar as faixas mmWave - de 28 GHz e de 24 GHz - rapidamente, para dar mais capacidade às operadoras de celular.

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Barcelona – Se espectro é o oxigênio para a telefonia móvel, e principalmente imprescindível para a quinta geração, que promete consumir muito mais tráfego de dados, as operadoras de celular norte-americanas receberam  uma boa notícia no Mobile World Congress 2108. O presidente da agência reguladora, Ajit Pai, anunciou ontem à noite (26) que está pronto para fazer o leilão da frequência de 28 GHz em novembro deste ano, e logo em seguida a venda da faixa de 24 GHz, conhecidas como mmWaves, por estarem bem acima no espectro radioelétrico.

Mas, para concretizar essa intenção, Pai disse que aguarda o Congresso aprovar uma nova legislação, até 13 de maio, que modifica as atuais exigências do leilão. Atualmente, a legislação norte-americana estabelece que as operadoras que quiserem comprar frequência têm que fazer depósito prévio em contas de propósito específico. E é isso que o presidente da FCC quer modificar.

Mais bandas

Ainda para permitir a consolidação da 5G no país, promete limpar as frequências de 3,7 GHz e de 4,2 GHz e também destiná-las para a banda larga móvel. Convencido que a tecnologia móvel precisa de poderosas redes de fibra óptica, o CEO da FCC disse também que está reanalisando toda a regulação referente a essas redes. “Estamos tornando disponível todos os tipos de frequências – baixa, média, alta, inclusive ampliando espaço para o espectro não licenciado. Mas essas frequências não servirão para  nada se não forem construídas as redes fixas para carregar esse tráfego”, afirmou.

Licenças

Segundo o CEO da Sprint, Marcelo Claune, as operadoras de celular enfrentam muitas dificuldades para ampliar as redes de no território norte-americano, devido as dificuldades criadas pelas administrações municipais. Segundo ele, enquanto a empresa gasta menos de uma hora para instalar uma small cell, diferentes cidades norte-americanas demoram até um ano para conceder a licença. E o preço, reclamou ele, também varia muito de município para município.

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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