Faixa de 400 MHz é a preferida das empresas de utilities

Essa é a faixa que está sendo apontada pela Europa e Estados Unidos

shutterstock_Ase_frequencia_geral_abstrata_politicaSalvador – A Anatel criou um grupo de trabalho que deverá indicar  para a Citel uma faixa a ser harmonizada na região das Américas para ser utilizada pelas empresas de utilites. Em todo o mundo, esse debate ainda está em aberto, conforme apresentaram hoje os executivos da UTC (Utilities Technology Council) no painel que se realiza na Bahia. O problema, contudo, vai ser definir exatamente qual será essa fatia do espectro. Segundo o presidente da UTCAL, Dymitr Wajsman, as concessionárias brasileiras defendem que seja alocado um pedaço da faixa entre o espectro de 380 a 470 MHz.

“Nesse intervalo de frequência existem equipamentos, fabricantes e empresas atuando”, salientou o executivo. Ele observa ainda que tanto na Europa como nos Estados Unidos é dentro desse espectro que os reguladores estão propondo a destinação de uso para as empresas de utilities (que congregam as empresas de energia, gás, ferrovias, saneamento).

Embora Wjasman ache que a decisão vá depender de avaliação mais profunda da Anatel, diferentes dirigentes das concessionárias defendem abertamente que a agência retome a frequência de 450 MHz das operadoras de celular (que foi vendida juntamente com a frequência de 2,5 GHz) e que até hoje não foi usada, para ser ocupada pelas concessionárias de energia.

Para o gerente de frequência da Anatel, Agostinho Linhares, o edital de licitação, porém, não foi explícito quanto a não utilização da frequência de 450 MHz, embora a sua gerência tenha defendido internamente  que a frequência não possa ficar desocupada.

Ele salientou que a Anatel está estudando direcionar o espectro de 270 MHz para as concessionárias de energia, pois haveria tecnologia nacional em LTE que para ser usada. “Podemos buscar uma harmonização na 3GPP, a exemplo que fizemos com a tecnologia na faixa de 450 MHz”, afirmou ele.

Segurança

Wajsman anunciou também que as concessionárias de energia decidiram elaborar  um regulamento de compliance para a cyber segurança.

  • A jornalista viaja a convite da UTCAL
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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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