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Qualcomm, ASE e governo negociam abertura de fábrica de chips no país

Qualcomm e ASE concordam em abrir joint venture com BNDES, caso decidam implantar fábrica no país. Caso projeto se concretize, planta ficaria pronta em quatro anos, após investimentos conjuntos de até US$ 200 milhões.
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Da esquerda para direita: Cristiano Amon (Qualcomm), Marcos Pereira (Ministro MCTIC), Michel Temer (Presidente da República), Gilberto Kassab (Ministro MCTIC),Tien Wu (Presidente da ASE), Claudia Prates (Diretora BNDES), Ermínio Luci (Investe São Paulo).

As fabricantes de chips Qualcomm e Engenharia Semicondutores Avançada (ASE) negociam com o governo federal e de São Paulo a abertura de uma fundição no Brasil. Elas assinaram ontem, 08, em Brasília, um memorando de entendimento (MOU) com o Ministério da Ciência, tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o fundo de investimentos, o BNDES Par, e a Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade (Investe São Paulo) um um Memorando de Entendimento que prevê uma análise conjunta dessa possibilidade.

Pelo memorando, empresas e governo se comprometem a formar uma joint venture caso decidam construir uma fábrica de chips usados em smartphones e dispositivos de internet das coisas. O MOU alega viabilidade técnica, comercial e financeira da cadeia de valor de semicondutores no Brasil. E diz ser preciso um esforço conjunto e coordenado de todas as partes para erigir o negócio.

“Nossa equipe está em processo de coleta de informação estratégica em um esforço conjunto para encontrar um local adequado para uma possível unidade de fabricação, caso a joint venture seja formada”, comenta Ermínio Lucci, diretor da Investe São Paulo, estado que pretende ser o escolhido para sediar a unidade fabril.

“Esperamos que as transações contempladas neste Memorando de Entendimento, após análise e aprovação, possam reforçar a participação do Brasil na cadeia de valor de semicondutores, e em especial atender ao ecossistema local de smartphones e desenvolver o ecossistema da Internet das Coisas,” complementa Rafael Steinhauser, vice-presidente sênior e presidente da Qualcomm América Latina.

“Como a principal empresa de montagem e teste de circuitos integrados do mundo, estamos entusiasmados com a oportunidade de expandir a nossa presença no Brasil”, disse Dr. Tien Wu, diretor de operações da ASE. O investimento na fábrica pode chegar a até US$ 200 milhões, divididos entre todos os membro da joint venture. Segundo o ministro Gilberto Kassab, do MCTIC, o projeto deve se tornar realidade em quatro anos.

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