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Europeus vão definir cotas de conteúdo local a OTTs

Medidas devem ser anuncia na próxima semana e preveem, também, fim do geoblocking na União Europeia

A União Europeia pretende publicar, na próxima semana, série de exigências para que haja mais conteúdo europeu no Netflix e similares, segundo o jornal britânico Financial Times.

A medida forçará os serviços de streaming over the top a se submeter a regras europeias de broadcasting. As regras não apenas obrigarão os aplicativos a publicar conteúdo de produtores locais, como a dar espaço destacado a esses vídeos.

O texto prevê que, com a medida, as OTTs contribuam “financeiramente” com a produção europeia. Entre os países que pressionam a Comissão Europeia, o braço Executivo do bloco, a adotar tais medidas, está a França. O país pede até que acordos comerciais com os Estados Unidos sejam revistos para evitar a disseminação de conteúdo norte-americano.

Mas a proposta também complementaria medidas de incentivo à indústria televisiva e cinematográfica da Europa. Levantamento feito pelos europeus indica que enquanto produtores locais, como a BBC, investem até 20% da receita em produção, os OTTs investem não mais que 1% em conteúdo feito no continente.

O Netflix, claro, não gostou da ideia. Diz que a medida pode criar distorções e levar à compra de conteúdo de baixa qualidade.

Outras medidas também serão anunciadas, como parte dos esforços do bloco para criar um mercado comum digital. Entre elas, a exigência de sites como o Youtube de aplicar filtros por idade a seus vídeos e a proibição de os OTTs bloquearem conteúdos de acordo com o país em que o serviço é acessado, prática conhecida como geoblocking. (Com agências internacionais)

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