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Ericsson vai pagar multa de US$ 207 milhões por violar acordo com governo dos EUA

Empresa vai entrar com confissão de culpa para pôr fim a processo no qual é acusada de subornar autoridades no exterior
Ericsson vai pagar multa milionário em acordo com o governo dos EUA
Empresa confessará culpa e pagará multa milionária para fechar processo com o governo dos EUA; sede da Ericsson, em Estocolmo (crédito: Divulgação)

A Ericsson anunciou que entrou em acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos e vai pagar uma multa de US$ 206,7 milhões (aproximadamente R$ 1,06 bilhão) relacionada a subornos no exterior. Em comunicado, a empresa sueca informou que vai entrar com uma confissão de culpa em relação a acusações sobre a sua conduta anterior ao ano de 2017.

Em 2019, a fabricante de equipamentos de telecomunicações tinha fechado um acordo com o governo dos Estados Unidos para encerrar um processo no qual era acusada de subornar autoridades em outros países.

O Departamento de Justiça, no entanto, notificou a empresa em outubro de 2021 e março de 2022, uma vez que a companhia não havia fornecido todos os documentos e informações em tempo hábil, além de não ter esclarecido adequadamente uma investigação a respeito de operações no Iraque, as quais teriam envolvido pagamentos ao grupo terrorista Estado Islâmico.

Com isso, o Departamento de Justiça indicou que poderia processar a empresa por má conduta, mesmo após a celebração do acordo de 2019. Diante disso, a Ericsson optou por entrar com uma confissão de culpa pelas violações relacionados a subornos no exterior.

“Dar este passo hoje significa que a questão das violações está resolvida. Isso nos permite focar na execução de nossa estratégia enquanto impulsionamos uma mudança cultural contínua em toda a empresa, com a integridade no centro de tudo o que fazemos”, afirmou, em nota, Börje Ekholm, CEO da Ericsson.

A companhia informou que as metas financeiras de longo prazo não serão ajustadas.

Além disso, a Ericsson disse que permanecerá cooperando com o Departamento de Justiça e a SEC (Securities and Exchange Commission), órgão equivalente à brasileira Comissão de Valores Mobiliários (CVM), enquanto conduzem a investigação sobre as operações da fabricante no Iraque.

De todo modo, no mesmo comunicado, a empresa reforçou que não fez ou foi responsável por qualquer pagamento a qualquer organização terrorista.

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