Ericsson diz que deve continuar a encolher até 2020

Companhia prevê que demanda por redes móveis, seu principal produto, continuará desaquecida em 2018, 2019 e 2020, e projeta receitas mais baixas em 2020 do que as registradas atualmente.

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A Ericsson avisou ao mercado nesta quarta-feira, 8, que não acredita mais em retorno ao crescimento de receita em 2018. Agora, a expectativa é que a companhia comece a se recuperar apenas depois de 2020. A fabricante de equipamentos para operadoras explicou que as vendas de produtos para redes móveis seguem baixas, e que este mercado deve encolher 2% em 2018 e 1% em 2019, e ficar no 0% em 2020.

A estagnação da demanda no principal segmento de atuação da companhia, somada à valorização da Coroa Sueca frente o Dólar, terá um efeito nocivo para a contabilidade, dificultando o turnaround da Ericsson no mundo.

Por isso, a empresa espera que as vendas de equipamentos de rede sejam piores em 2020 do que as registradas no terceiro e quarto trimestres deste ano. Também antevê que a contratação de seus serviços digitais cairá, assim como a dos serviços gerenciados.

O desempenho, destaca, ainda sofrerá impacto negativo adicional devido a custos de reestruturação, que foram excluídos dos cálculos. E não leva em conta eventual sucesso das vendas de equipamentos 5G. A companhia está demitindo funcionários em todo o mundo, mesmo no Brasil, onde as operações são um ponto positivo dentro do grupo.

A empresa afirma que a meta é reduzir custos, em 2018, entre 5 bilhões e 7 bilhões de coroas suecas (em dólares, entre US$ 596 milhões e US$ 835 milhões). A Ericsson apresentou prejuízo nos últimos quatro trimestres.

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Rafael Bucco

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