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Twitter tem debandada de funcionários após ultimato de Musk; usuários migram para rede Koo

Bilionário exigiu que empregados trabalhassem “longas horas em alta intensidade” ou fossem embora; temendo o fim da rede, usuários estão criando perfis em plataforma indiana semelhante ao microblog
Twitter tem debandada de funcionários
Descontentamento com gestão Musk provoca debandada de funcionários do Twitter; Koo é a rede da vez (crédito: Freepik)

Após cortar metade da força de trabalho no início do mês de novembro, o Twitter enfrenta uma nova onda de demissões. Desta vez, contudo, por decisão dos próprios funcionários.

Descontente com a gestão do bilionário Elon Musk, parte dos empregados optou por deixar a empresa. Nesta semana, o empresário exigiu que os funcionários trabalhassem “longas horas em alta intensidade” ou fossem embora.

Segundo o “The Wall Street Journal” (WSJ), o fundador da Tesla e da SpaceX enviou, na quarta-feira, 16, um e-mail aos funcionários com o assunto “Uma bifurcação na estrada”. Na mensagem, o empresário solicitou que os empregados dispostos a permanecer na empresa preenchessem um formulário online, sabendo que deveriam trabalhar de forma “hardcore”.

Segundo o jornal norte-americano, diante dessa exigência, parte dos funcionários começou a se despedir na quinta-feira, 17. Os trabalhadores que deixaram a empresa devem receber três meses de indenização.

Em outro e-mail aos funcionários, a rede social avisou que não iria abrir as portas de seus escritórios nesta sexta-feira, 18. O trabalho presencial deve ser retomado somente na próxima segunda-feira, 21.

Em meio à debandada de funcionários, Musk, de modo sarcástico, usou o microblog, na noite de quinta-feira (madrugada de sexta-feira no Brasil), dizendo que “acabamos de atingir outro recorde histórico no uso do Twitter”. Algumas horas depois, publicou um meme sobre o fim da rede social.

Temendo o fim do microblog, muitos usuários, sem abandonar o Twitter, decidiram abrir perfis no Koo, rede social indiana semelhante à plataforma gerida por Musk. O drástico aumento no volume de acessos fez com que a rede indiana ficasse fora do ar em alguns momentos.

NOVA DIREÇÃO

Elon Musk fechou a compra do Twitter no dia 27 de outubro e, logo em seguida, demitiu os membros do conselho de administração da rede social.

No dia 4 de novembro, o bilionário deu início a um processo de demissão em massa, no qual estima-se que mais de 3.500 funcionários foram demitidos – no início do ano, o microblog contava com aproximadamente 7.500 empregados, segundo informações regulatórias. Dias depois, diante de dificuldades, o empresário resolveu recontratar alguns empregados que tinham sido alvos do corte.

Em menos de um mês na posição de dono do Twitter, Musk se envolveu em outra polêmica. O bilionário anunciou que a rede social passaria a cobrar US$ 8 por mês pelo selo de perfil verificado, o qual atesta que se trata de uma conta oficial – o timbre é mais usado por empresas, instituições, autoridades e pessoas de projeção pública.

Contudo, a obtenção da autenticação de forma paga, e não mais conferida por profissionais do Twitter, gerou confusão nas páginas da rede social, deixando os usuários confusos sobre a veracidade dos perfis. Musk voltou atrás na decisão, indicando que o plano de assinatura Twitter Blue, que inclui o selo de verificado, deve ser lançado no dia 29 de novembro.

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