TIM aposta em OTTs nas redes móvel e fixa para oferta de vídeo

Ao anunciar o fim de sua experiência com o Blue Box, a operadora disse que mantém sua parceria com as OTTs, com destaque para o Netflix.

Na avaliação da TIM, o cenário de retração da TV paga no país, com redução da base instalada ao longo de 2015, indica que essa é uma aposta que não vale a pena ser mantida. Por isso, decidiu acabar com o projeto Blue Box, TVpaga que mantinha em parceria com a TV Alphaville, para se concentrar na oferta de vídeo por meio de OTTs.

Segundo Rogério Takayanagi, diretor de marketing da companhia, os custos do set-top box e outros custos associados inviabilizaram o projeto da TV paga, cuja experiência se encerra em 29 de fevereiro após pouco mais de um ano. “Num cenário de dificuldades econômicas, o projeto deixou de ser prioritário”, informou durante a conferência de apresentação dos resultados do quatro trimestre de 2015.

Esta decisão, avalia ele, não terá nenhum impacto negativo sobre o TIM Live, a banda larga da TIM, que vem crescendo. “O que os clientes querem é conectividade de boa qualidade. Muitos estão abandonando a TV paga. Apostamos mais na oferta de conteúdo das OTTs. Basta ver o desempenho do Netflix no Brasil”, disse, lembrando que a receita líquida da banda larga fixa cresceu 14,1%, de R$ 579 milhões para R$ 660 milhões, entre 2014 e 2015. Ressaltou que a empresa vai continuar com parceira com as OTTs para oferecer vídeo através de suas plataformas móvel e fixa.

A base de clientes cresceu de 130 mil, no 4T14, para 232 mil, no 4T15, e as vendas aumentaram, de acordo com os resultados divulgados pela companhia, tanto no segmento doméstico quanto corporativo.

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Lia Ribeiro Dias

Seu nome, trabalho e opiniões são referências no mercado editorial especializado e, principalmente, nos segmentos de informática e telecomunicações, nos quais desenvolve, há 28 anos, a sua atuação como jornalista.

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