ISPs redirecionam investimentos pois crescimento de base será menor

A percepção é de Marcio Cachapuz, diretor de vendas e marketing da Oiw, que participou nesta quinta, 7, do Inovatic Sudeste 2022
Marcio Cachapuz, diretor de vendas e marketing da Oiw - crédito: Inovatic Sudeste 2022
Marcio Cachapuz, diretor de vendas e marketing da Oiw – crédito: Inovatic Sudeste 2022

A perspectiva dos ISPs é de um crescimento menor para 2022, e por conta disso os investimentos estão sendo redirecionados. A percepção é de Marcio Cachapuz, diretor de vendas e marketing da OIW, que participou nesta quinta, 7, do Inovatic Sudeste 2022.

“Estamos vindo num processo de dois anos pra cá, paralelo, que é a organização dos provedores no sentido de prepararem suas redes ou para consolidação ou justamente para o aproveitamento de seus ativos frente às oportunidades que o 5G vai oferecer. Há muito questionamento sobre capacidades e ofertas. Hoje não é só colocar fibra e dizer ‘vamos lá’. Agora existe preocupação em ter uma rede estruturada e gerenciada”, falou Cachapuz.

O executivo disse que a expectativa dos ISPs é de um crescimento abaixo de 5%. “Mas é um crescimento contínuo e perceptível. O investimento é menor, mas robusto, atrelado a um crescimento orgânico”, disse o executivo da OIW.

“Existe a preparação para o que virá. Em relação ao que pode ser reutilizado, a demanda é obviamente menor. Mas tem coisa parada na pandemia que está retornando, e isso gera demanda na área de fibra”, continuou.

Apesar disso, ele disse ser difícil fazer uma previsão de um cenário. “A definição da visibilidade daqui até o fim do ano é que está difícil enxergar o que vai acontecer. Os clientes tinham oferta de bancos com juros atrativos, hoje têm dificuldade de ter a mesma oferta e acabam contando com as linhas do fornecedor, mas o fornecedor também está com a mesma dificuldade de obter dinheiro. Isso trava tudo. É um ano de dificuldades”, afirmou Cachapuz.

Nas portas ao lado

Em relação a oportunidades, o executivo falou sobre o cenário em países vizinhos. “A América Latina tem alguns países com fibra avançada, como o Chile. Isso dá pouco espaço para novos entrantes. Outros países tem menos fibra óptica, mas daí entra problema de regulamentação.”

 

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José Norberto Flesch

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