Saldo das operações de crédito deve crescer 1%, diz Febraban

Carteira Pessoa Física com recursos livres deve crescer 25,3% ao ano, refletindo o impulso das linhas atreladas ao consumo, diz pesquisa.
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crédito: Freepick

O saldo total das operações de crédito deve crescer 1%, em maio com destaque para o crédito destinado às famílias, com alta de 2,1%, conforme aponta pesquisa da Febraban. A estimativa é que o ritmo de expansão anual da carteira total chegue a 16,3%, com ligeira desaceleração; enquanto a carteira pessoa física com recursos livres a 25,3%.

A Pesquisa de Crédito realizada pela entidade que reúne os grandes bancos do país é divulgada mensalmente como uma prévia da Nota de Política Monetária e Operações de Crédito do Banco Central. As projeções são feitas a partir de dados consolidados dos principais bancos do país, que representam de 38% a 88% do saldo total do Sistema Financeiro Nacional, dependendo da linha, além de outras variáveis macroeconômicas que impactam o mercado de crédito.

Em função da greve dos funcionários do Banco Central, as projeções de maio consideraram as estimativas do levantamento referente ao mês de abril de 2022.

“Mesmo num cenário de alta da Selic, a atividade econômica vem surpreendendo positivamente neste início de ano, compondo um quadro favorável para a expansão das operações de crédito”, afirma Rubens Sardenberg, diretor de economia, regulação prudencial e riscos da Febraban.

De acordo com o levantamento, a carteira pessoa física direcionada deve crescer 1,2%, impulsionada pelas contratações de crédito imobiliário e rural, registrando alta de 1,7% no mês, com o ritmo de expansão anual chegando a 21,9%, o maior desde junho de 2011(+22,2%).

A carteira pessoa jurídica, por sua vez, deve ficar estável (0%) em maio, com desempenho desigual entre os dois segmentos. O saldo das operações livres deve crescer 0,4%, beneficiado pela recuperação da economia e do consumo das famílias, enquanto as operações direcionadas devem seguir recuando (-1,0%).

Concessões

A expectativa é que as concessões de crédito cresçam 12,8% no mês, devido ao maior número de dias úteis em maio ante abril. Entretanto, quando ajustado por dias úteis, o volume de concessões deve retrair 2,6%. Apesar do menor volume (ajustado) no mês, a injeção de crédito na economia tem se mostrado significativa, com o volume acumulado em 12 meses indicando expansão de 24,5%.

As concessões para as famílias devem mostrar expansão de 10,2% no mês. Na média por dia útil, o resultado equivale a um recuo de 4,8%. Da mesma forma que na visão agregada (concessões totais), a retração no mês reflete apenas alguma volatilidade, com o volume de crédito às famílias permanecendo em um patamar bastante elevado.

Já o volume de concessões para as empresas deve apontar expansão de 15,9% no mês, com ligeira alta de 0,1%, quando ajustado por dias úteis.

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Redação DMI

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