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Desligamento em Brasília deixará 400 mil pessoas sem TV, diz Abert

Grupo de radiodifusores também critica atuação da EAD, responsável pela migração, e que teria deixado de distribuir 100 mil kits de digitalização

 

Controle_remoto_TVA Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT), representante de mais de 300 emissoras comerciais de TV abertas, se manifestou contrária ao desligamento da TV analógica em Brasília e em nove municípios do entorno do Distrito Federal a partir de amanhã, 26 de outubro. As emissoras alegam que não se chegou ao patamar mínimo de 93% dos domicílios aptos a receber o sinal de TV digital, o que resultará em 400 mil pessoas sem TV, segundo seus cálculos.

“Em nenhuma hipótese, a ABERT concorda com o desligamento, se o percentual não alcançar os 90% estabelecidos na legislação. Causa surpresa o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) apoiar o desligamento, contrariando os critérios por ele mesmo estabelecidos, o que deixará mais de 400 mil pessoas sem acesso à programação da televisão livre, aberta e gratuita”, acrescenta, em nota, a Abert.

“A radiodifusão, em reuniões do GIRED, aceitou considerar a margem de erro das pesquisas de aferição pró-desligamento, o que, na prática, diminui o índice para 90%. No entanto, nem mesmo este índice foi atingido”, reclamam. O índice mais recente estava em 85%.

A entidade também ataca a EAD, entidade responsável pela digitalização no Brasil e encarregada de distribuir os conversores digitais e antenas para a população de baixa renda, afirmando que ela não cumpriu seus objetivos. “Além de deixar de distribuir mais de 100 mil kits, não apresentou um plano de contingenciamento com ações específicas para elevar o percentual de digitalização”, observa o grupo de radiodifusores.

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