Depois do déficit de janeiro, balança comercial tem superávit

Em fevereiro, o Brasil exportou US$ 22,913 bilhões e comprou US$ 18,864 bilhões. Superávit para o mês foi o segundo maior desde 2017.
Depois do déficit de janeiro, balança comercial tem superávit - Crédito: Freepik
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Depois de registrar déficit em janeiro, a balança comercial recuperou-se em fevereiro e teve o segundo maior resultado positivo para o mês. No mês passado, o Brasil vendeu US$ 22,913 bilhões para o exterior e comprou US$ 18,864 bilhões. O superávit só não foi maior que o de fevereiro de 2017, quando o país vendeu US$ 4,229 bilhões a mais do que comprou.

No primeiro bimestre deste ano, a balança comercial acumula superávit de US$ 3,835 bilhões. Isso representa mais que o dobro do resultado obtido em janeiro e fevereiro do ano passado (US$ 1,616 bilhões), mas está longe do recorde de US$ 6,722 bilhões registrado nos dois primeiros meses de 2017.

Tanto as importações como as exportações bateram recorde em fevereiro, desde o início da série histórica, em 1989. As exportações subiram 32,6% em relação a fevereiro do ano passado, pelo critério da média diária. As importações aumentaram 22,9% na mesma comparação.

Um dos principais responsáveis pela recuperação do saldo comercial foi a valorização das commodities, que subiram em fevereiro em meio ao acirramento das tensões entre Rússia e Ucrânia. A recuperação de algumas safras, principalmente a de soja, também contribuiu para o resultado.

No mês passado, o volume de mercadorias exportadas subiu 22,6%, enquanto os preços aumentaram 13,5% em média em fevereiro, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Nas importações, a quantidade comprada caiu 2,5%, mas os preços médios subiram 30,9%.

Setores

Ao analisar o desempenho no setor agropecuário, a recuperação de safras pesou mais. O volume de mercadorias embarcadas aumentou 61,2% em fevereiro na comparação com o mesmo mês de 2021, enquanto o preço médio subiu 31,8%. Na indústria de transformação, o volume subiu 16,9%, com o preço aumentando em nível parecido: 16,3%. Na indústria extrativa, que engloba exportação de minérios e de petróleo, a quantidade aumentou 11,1%, enquanto os preços médios caíram 3,1%.

Quanto às importações, os maiores crescimentos foram registrados nos seguintes produtos: cevada (+620%), na agropecuária; petróleo bruto (+109,6%) e gás natural (+280%), na indústria extrativa; e adubos ou fertilizantes químicos (+112,6%), na indústria de transformação.
Em relação aos fertilizantes, a alta deve-se principalmente ao aumento recente de preços. A quantidade importada caiu cerca de 7% em fevereiro na comparação com fevereiro do ano passado.

(com Agência Brasil)

 

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Redação DMI

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