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CVM autoriza Oi a adiar grupamento de ações

CVM autoriza operadora a adiar a apresentação dos procedimentos e cronogramas para o grupamento de ações, exigido quando as ações de uma companhia são negociadas por menos de R$ 1 em muitos pregões seguidos, para depois da assembleia geral de credores.

A Oi terá mais tempo para definir os detalhes do grupamento de suas ações. A CVM concedeu à companhia no último dia 20 autorização para esperar 30 pregões depois da assembleia geral de credores (AGC) para apresentar a proposta, caso até lá o valor dos papéis não retome patamares acima de R$ 1. A AGC deve acontecer, no mais tardar, em 6 de novembro deste ano.

Pelo regulamento da bolsa de valores brasileira, nenhuma ação pode ser negociada por menos que R$ 1 por mais de 30 pregões consecutivos. Isso porque o nível da oscilação se torna muito alto quando há mudança de apenas alguns centavos no preço da ação.

As ações da Oi caíram abaixo desse nível em 25 de setembro de 2019. Voltaram à negociação por valor superior em alguns pregões de janeiro e fevereiro, mas a recente crise mundial derrubou os papeis da empresa aos menores patamares já registrados, com a ação ordinária chegando a valer 50 centavos no pregão de sexta-feira, 20.

Conforme comunicado emitido pela Oi nesta segunda-feira, 23, os procedimentos e cronograma para realização do grupamento deveria ser apresentado até 7 de maio. Mas, como teve o pedido de adiamento acatado, a companhia poderá esperar até depois da assembleia geral de credores para ver se não há valorização e, então, apresentar proposta.

A diretoria da companhia informa, na nota publicada, que se depois da AGC as ações se mantiverem abaixo do patamar de R$ 1, encaminhará imediatamente pedido para o conselho de administração da empresa para convocar nova assembleia e, então, colocar a necessidade de grupamento em discussão.

Motivos para o adiamento

A companhia explicou no pedido de adiamento os motivos que a fazem crer ser melhor esperar. Diz a tele que está para vender ativos dentro do contexto da recuperação judicial; e que a AGC permitirá deliberar sobre uma melhor estrutura societária para a companhia. Esse fatores deverão ter reflexo sobre o valor das ações e deverão “gerar maior confiança dos credores e mercado a respeito do futuro dos nossos resultados financeiros e operacionais”.

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