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Comportamento

Aumenta o número de idosos em redes sociais no Brasil

No Facebook, número de idosos passou de 2% em 2015 para 7% em 2022, aponta a Kantar

(Crédito: Freepik)

O Brasil vem presenciando uma mudança significativa nos perfis etários dos consumidores de diferentes redes sociais. Para cada usuário adicional entre 12 e 19 anos na mais famosa das redes sociais, o Facebook, de 2015 a 2021, sete usuários idosos (entre 65 e 75 anos) entraram na plataforma.

Os números fazem parte do estudo Beyond Age, relatório global produzido pela divisão de mídia da Kantar.

No Brasil desde 2000, o estudo possui quatro atualizações anuais. O relatório traz uma divisão etária dos brasileiros em quatro grupos: Baby Boomers (1946-1964), Geração X (1965-1980), Millennials (1981-1996) e Geração Z (1997 em diante).

Universo digital

Os dados mostram que as gerações mais velhas se tornaram mais frequentes em mídias digitais. O Facebook, por exemplo, passou por um aumento significativo na proporção de adultos com mais de 65 anos acessando a rede social, indo de 2% em 2015 para 7% em 2022. No mesmo período, a rede saiu de 47 milhões de usuários para 53,4 milhões no mesmo período.

A representatividade do grupo de 12 a 19 anos caiu de 22% para 11%, enquanto os usuários de 20 a 24 anos foram de 14% para 11%. Mostrando uma nova percepção do público online, sendo que os mais velhos agora são parte do “mainstream” de consumo e não mais uma minoria para o mercado, observa a Kantar.

Os dados relativos ao período entre 2015 e 2022 mostram que os maiores crescimentos percentuais nas redes sociais se deram exatamente entre os idosos (65+). Neste intervalo, o crescimento foi de 255% no Facebook, 886% no YouTube, 707% no WhatsApp e 4937% no Instagram.

Outros comportamentos

A idade também pode ser um bom parâmetro para mensurar atitudes. Segundo o estudo, os brasileiros se tornam mais contrários a correr riscos ao longo do tempo. 54% da faixa etária entre 25 e 34 anos está disposta contra 33% entre 55 e 65 anos.

Quando o assunto é relação com a renda, os resultados são bastante similares em todas as faixas etárias: 58% dos brasileiros de 25 a 34 anos concordam com a frase “Como eu gasto meu tempo é mais importante que o dinheiro que ganho”. Entre o público de 55 a 65 anos, a taxa é de 55%.

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