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Grupo TIM recebe proposta do banco estatal CDP por ativos de rede fixa na Itália

Oferta não vinculante tem apoio do fundo Macquarie e deve ser analisada pelo Conselho de Administração no dia 15 de março
TIM recebe proposta do CDP por ativos fixos na Itália
Conselho da TIM na Itália deve avaliar proposta do CDP por ativos fixos na próxima semana (crédito: Freepík)

O Grupo TIM (antiga Telecom Italia) recebeu uma segunda oferta não vinculante por sua rede de ativos fixos na Itália. A proposta, como antecipado pela imprensa local, foi apresentada por um consórcio formado pelo banco estatal Cassa Depositi e Prestiti (CDP Equity) e pelo fundo Macquarie Infraestructure and Real Assets, em nome do MAM Funds.

A oferta prevê a aquisição dos ativos e das atividades da FiberCop, além de uma participação na Sparkle, braço de infraestrutura (cabos submarinos) e atacado da empresa de telecomunicações.

Em comunicado enviado no domingo (5), o Grupo TIM, controlador da TIM Brasil, diz que a oferta expira no dia 31 de março e será submetida ao exame preliminar do Comitê de Partes Relacionadas, nos termos da regulamentação aplicável ao CDP Equity, tendo em vista que o banco detém participação de quase 10% na operadora.

Posteriormente, a proposta será levada ao Conselho de Administração. A previsão é de que a mesa de diretores avalie a oferta do consórcio na reunião marcada para o dia 15 de março.

Anteriormente, no início de fevereiro, a TIM recebeu uma oferta não vinculante do fundo de private equity norte-americano KKR por sua rede de infraestrutura fixa. Semanas depois, no entanto, a proposta inicial foi desconsiderada, em razão de a operadora ter considerado que o montante apresentado não refletia o valor real do ativo.

Contudo, os executivos concordaram em abrir mais informações para que o fundo, mantendo o interesse pelos ativos, possa melhorar a oferta. O prazo para aperfeiçoamento da proposta termina no dia 31 de março. O valor inicial não foi revelado, mas a imprensa italiana aponta que gira em torno de 20 bilhões de euros (aproximadamente R$ 111,08 bilhões).

Na prática, o Grupo TIM, liderado por Pietro Labriola, ex-CEO da TIM Brasil, planeja vender os ativos fixos para reduzir o endividamento da companhia – atualmente, em 25 bilhões de euros (cerca de R$ 138,86 bilhões).

O governo italiano, por sua vez, considera a rede da operada estratégica e deseja mantê-la sob controle estatal. Além disso, tem poder para vetar qualquer negócio societário do Grupo TIM.

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