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Correios farão cortes radicais, diz Kassab

O ministro admitiu que se não for feito mais cortes, a empresa será privatizada.

Businessman Hands holding scissors and cutting dollar, VECTOR, EPS10

O governo não tem recursos e não fará injeção financeira nos Correios, disse hoje, 28, o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, Gilberto Kassab. Para ele, a solução para a companhia é cortar ainda mais despesas, além daquelas que já foram reduzidas.

“Não há saída; é preciso fazer corte de gasto radical”, disse Kassab, depois de participar, no Palácio do Planalto, da cerimônia de Sanção da Lei de Revisão do Marco Regulatório da Radiodifusão, ao lado do presidente Michel Temer. “O governo não tem recursos e não haverá injeção de recursos nos Correios.”

Embora se dizendo contra a privatização, integral ou parcial dos Correios, o ministro não descartou a adoção da medida, caso a companhia não consiga equacionar o rombo, que no ano passado ficou em torno de R$ 2 bilhões, mesma cifra de 2015.

“Todo o esforço deve ser feito para evitar a privatização dos Correios ou de partes dele”, afirmou. “Eu reconheço os cortes de despesas que já foram feitos, mas é preciso cortar mais. Caso contrário, a empresa vai rumar para a privatização.” Ele disse que, no passado, a empresa foi obrigada a pagar mais dividendos do que poderia ao Tesouro.

“É reflexo, sim, de má gestão, corrupção, loteamento, não ter capacidade de encontrar receitas originais, não fazer os cortes necessários para fazer um equilíbrio entre receita e despesa”, acusou Kassab. (agência Estado).

 

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