Caram apoia refarm das bandas A, B e de 1,9 GHz

Anatel quer formar canais contínuos de pelo menos 5MHz + 5MHz, que poderão ser usados paras a tecnologias 4G e 5G

A Anatel está preparando uma proposta de unificar as bandas A e B (850 MHz) e fazer o refarm das faixas de extensão de 1.900 MHz, que vencerão até 2032, em canais contínuos de pelo menos 5 MHz + 5 MHz. Essas faixas servem hoje às tecnologias 2G, 3G e internet das coisas (IoT), e podem evoluir para serem usadas no 4G e 5G.

Segundo o superintendente de Outorgas e Recursos à Prestação da Anatel, Vinicius Caram (foto), a decisão de desligar as tecnologias não é da agência, mas das operadoras. Também não sabe se depois do refarm essas frequências não serão licitadas.

Recentemente, o Conselho Diretor da Anatel tomou decisões autorizando a renovação da licença de uso das frequências das bandas A e B pelas operadoras até 2028, quando espera iniciar o processo de refarm.

Caram, que participou nesta terça-feira, 18, de debate na Futurecom, disse que ainda existem 24 milhões de usuários da telefonia móvel na tecnologia 2G, 27 milhões na tecnologia 3G e cerca de 10 milhões de dispositivos IoT nessas faixas. Todos eles precisarão ser movidos para a reconfiguração das frequências.

Para o sócio da Mckinsey, Tiago Silveira, há modelos de transição ganha ganha para todos os lados nesta reconfiguração. Ele citou um programa de troca de aparelhos pelas operadoras, por exemplo, para os usuários das duas faixas.

O diretor de Relações Institucionais da Ligga Telecom, Vitor Menezes, apoia o uso eficiente de espectro, mas recomenda uma transição negociada. “É preciso evitar transtornos para os consumidores”, opinou.

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Lúcia Berbert

Lúcia Berbert, com mais de 30 anos de experiência no jornalismo, é repórter do TeleSíntese. Ama cachorros.

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