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Conselheiro da Anatel diz que regulação por serviço vai acabar

A regulação dos serviços de telecom sob a ótica arrecadadora também perderá força, acredita Otávio Rodrigues, porque o Estado simplesmente não vai conseguir mais arrecadar.
(Crédito: Shutterstock Gwoeii)
(Crédito: Shutterstock Gwoeii)

Convencido de que já começou a mudar de maneira irreversível a “ordem de grandeza de quem produz riqueza no mundo”, Otávio Rodrigues, conselheiro da Anatel, acredita que a quarta revolução trazida pela digitalização de tudo, obrigará também à mudanças dos reguladores de telecomunicações de todo o mundo.

Embora  acredite que a regulação por serviços – como é feita hoje no Brasil – deva acabar,   Rodrigues acha, que uma nova forma de intervenção no mercado de telecom ainda vai demorar algum tempo para amadurecer no Brasil. ” É só observar que a proposta de licença única não vingou no mercado brasileiro”, ressaltou.

Em sua avaliação, existem atualmente dois modelos de regulação setorial. O adotado pelos Estados Unidos, que visa a inovação, e o Europeu, que tem uma visão bem mais arrecadatória. ” E o Brasil segue muito os princípios do regulador europeu”, assinala.

Para ele, a revolução 4.0 traz uma nova relação de países e instituições ganhadores e perdedores. “O Estado será o grande perdedor”, afirma, porque, para ele,  a captura do dinheiro  irá mudar completamente e o Estado não conseguirá mais recolher os impostos tal como faz hoje.

Fim da indústria brasileira?

Para Wilson Cardoso, da Nokia, as  mudanças que estão por vir são de tal abrangência e impacto que, se o Brasil não desenvolver logo políticas de Estado para enfrentar essa nova etapa, ” a indústria brasileira vai desaparecer”.

 

 

 

 

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