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Compras via celular dobram na black friday deste ano

Evento de promoções do varejo faturou mais, no entanto o tíquete médio caiu. Aumento do volume de pedidos garantiu o crescimento da receita.

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A black friday deste ano gerou faturamento de R$2,1 bilhões para o e-commerce brasileiro, alta de 10,3% ante os R$1,9 bilhão registrados no mesmo período do ano passado. O número de pedidos cresceu 14%, de 3,30 milhões para 3,76 milhões, enquanto o tíquete médio caiu 3,1%, de R$580 para R$562.

A retração do tíquete médio já era uma tendência verificada pela Ebit na véspera da Black Friday, quando os varejistas dão início às vendas dos produtos com descontos. “Para atrair o consumidor, os varejistas fizeram ações promocionais mais agressivas nas categorias de maior valor agregado, que são as mais consumidas no e-commerce e isso refletiu no gasto médio”, afirmou Pedro Guasti, CEO da Ebit.

Para Guasti, o grande destaque foi o expressivo crescimento no volume de pedidos, que foi quase o dobro do estimado pela Ebit. “Ao contrário das duas últimas edições, que foram pautadas pelo crescimento no tíquete médio, neste ano o grande vetor do crescimento foi no número de pedidos. Lojistas de todos os segmentos ofereceram produtos com descontos reais e isso atraiu o consumidor”, disse.

Celular é rei

Outro ponto de destaque da black friday foi o crescimento das compras realizadas por celular. “O share de pedidos feitos via celular aumentou 81,8% na comparação com o ano passado. Quase 30% dos pedidos já são realizados por meio de dispositivos móveis”, afirmou. Também chama a atenção a diminuição do interesse do consumidor por celulares, que no passado eram os produtos mais buscados e também com maior faturamento.

O m-commerce representou 26,5% em volume financeiro das compras realizadas, alta de 41,5% ante 2016. “O valor médio das compras via dispositivos móveis foi de R$515, reflexo da maior participação de categorias de menor tíquete, como moda e acessórios e perfumaria e cosméticos”, disse.

Em apenas quatro anos, o m-commerce sextuplicou. “Em 2013, as compras por celular representavam apenas 4,4% do total. Com a expansão do mercado de smartphones e do acesso via 3G e 4G no Brasil, esse é um mercado em franca ascensão, com potencial de crescimento bem acima da média do mercado”, afirmou

Confira o ranking das principais categorias da black friday por volume de pedidos e faturamento:

Ranking categorias Share de Pedidos
Eletrodomésticos 16%
Moda e Acessórios 12%
Telefonia / Celulares 12%
Perfumaria e Cosméticos / Saúde 10%
Casa e Decoração 9%

Ranking categorias Share Faturamento
Eletrodomésticos 23%
Telefonia / Celulares 21%
Eletrônicos 17%
Informática 10%
Casa e Decoração 6%

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