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Desktop diz à CVM que não descarta vender a rede de fibra

Provedor paulista Desktop diz que não tem decisão tomada e que não precisa informar ao mercado sobre possibilidades em estudo

Desktop A operadora Desktop, que vende banda larga por fibra óptica no estado de São Paulo, admitiu à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que estuda vender sua rede de fibra, mas diz que não há propostas à mesa ainda.

“A Companhia informa que permanece constantemente analisando e avaliando, em conjunto com seus assessores, oportunidades de maximizar o retorno aos seus acionistas, incluindo, dentre várias outras oportunidades, a possibilidade de segregação total ou parcial de seus ativos de rede de fibra óptica”, respondeu a empresa.

Ela recebeu ofício da CVM questionando por que não informou aos acionistas da iniciativa. Ontem, 24, o jornal O Estado S. Paulo noticiou que a empresa delegou ao Bank of America a missão de encontrar comprador ou investidor na unidade de fibra.

Segundo a reportagem, a operadora vai se manter no segmento de banda larga apenas com a carteira de clientes. A infraestrutura de fibra vai compor uma rede neutra, a exemplo do que fez a Oi, quando vendeu o controle da V.tal para o fundos do banco BTG, ou a Vivo, quando vendeu metade da Fibrasil para o fundo canadense CDPQ.

A Desktop afirma à CVM que não avisou o mercado sobre o assunto por não ter obrigação legal de divulgar movimentos quando não há ainda decisão tomada. E que evita divulgações sem proposta concreta para não gerar expectativa e evitar especulações com suas ações.

“A Companhia desconhece haver qualquer fato ocorrido ou ato realizado pela Companhia ou terceiro em relação ao assunto”, ressalta.

A segregação de ativos é algo em estudo não apenas pela Desktop, mas por várias outras provedoras de banda larga donas de rede própria, a fim de rentabilizar o investimento. Conforme análise do BTG Pactual, a tendência no setor de telecomunicações é que aconteçam fusões ou aquisições de ativos envolvendo os provedores de médio porte de banda larga nos próximos meses, conduzidas ou relacionadas a Desktop, Unifique e Vero (que vai se fundir à Americanet).

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