Com o TIM Black, operadora quer reconstruir imagem no pós-pago

Novos planos, com chamadas ilimitadas, já nascem tendo mais de metade da base de pós-pago da empresa migrada e marcam também retorno da tele à estratégia de subsidiar a compra de smartphones.

shutterstock_PeshkovaV_Device_telefonia_movel_celular_tecnologia_tendenciaA TIM lançou hoje, 02, em todo o Brasil, novos planos pós-pagos. Com as ofertas, a operadora espera reposicionar a marca entre assinantes, além de atrair clientes da concorrência, passando a ser vista como detentora de uma rede ampla, capaz de oferecer mais qualidade na transmissão de dados, especialmente no 4G, e em voz a preço competitivo.

São cinco os novos planos, com preços que variam de R$ 109,90 a R$ 449,90 (mais detalhes no quadro abaixo). Nos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, onde a penetração da empresa é mais baixa, os preços também o são. Em todos os planos, a TIM aumentou a quantidade de dados disponíveis para o atual assinante pós-pago e passou a ceder chamadas ilimitadas para qualquer operadora.

Com o reposicionamento, os planos pós-pagos passam a ser chamados apenas de TIM Black. Segundo o CMO da empresa, Daniel Cardoso, a intenção é que 100% dos clientes sejam Black num curto espaço de tempo. “Mais da metade da base pós-paga já foi convertida automaticamente. Restam assinantes de planos mais antigos que vamos trabalhar para trazer à nova oferta”, falou ao Tele.Síntese.

Os clientes desses planos legados precisam ser convencidos a migrar por terem contratos diferentes dos demais. Já os que amanheceram nos novos serviços foram comunicados ao longo das últimas semanas, avisados de que a mudança aumentaria a quantidade de dados, de chamadas e que receberiam acesso adicional a SVAs.

A TIM tem 61,3 milhões de clientes móveis no país. A maioria no pré-pago (75%), e o reposicionamento está alinhado à estratégia da companhia de crescer entre o cliente que gasta mais com a operadora, o assinante recorrente do pós-pago. A estratégia começou a ser aplicada em 2015, quando a empresa começou uma reformulação de todo seu portfólio, motivada pela queda de tarifas de interconexão no atacado – o que permitiu liberar o uso de chamadas interurbanas e a outras operadoras, por exemplo.

“Queremos mostrar a história de que a TIM investiu, e continua investindo, em qualidade. A questão não é unicamente de preço, pois o cliente pós-pago analisa outros fatores, como a confiabilidade do serviço”, diz Cardoso. Para comprovar a tese, ele ressalta que os novos planos seguem o movimento feito no Controle, de oferta conjunta com estratégias de zero-rating, entregando acesso livre, sem cobrança de franquia ou de assinatura, pelos serviços Deezer (aplicativo de música), Banca Virtual (leitura de revistas) e Protect Backup (armazenamento em nuvem). E a empresa promete acrescentar novos serviços aos pacotes periodicamente.

Além disso, a TIM volta a oferecer descontos progressivos na compra de smartphones, política que havia abandonado há cerca de dois anos. Mas a experiência mostrou que o telefone é uma ótima maneira de atrair novos consumidores. “A gente percebeu nesse período que o celular continua sendo um objeto de desejo e é um critério importante na escolha da operadora. Voltamos com o subsídio, mas não de forma generalizada”, explica Cardoso. Um exemplo é a oferta do Samsung Galaxy S8 com R$ 1.700 de desconto no TIM Pós 7GB. Segundo ele, não será qualque celular a ter desconto, mas há intenção de acrescentar modelos intermediários.

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Rafael Bucco

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