China vai lançar 40 foguetes ao espaço neste ano

País asiático vai lançar dois satélites geoestacionários para serviço próprio de geolocalização concorrente ao GPS, artefatos LEO para banda larga comercial e testar foguete com partes reutilizáveis

A China promete bater seu recorde de 2019 e lançar ainda mais missões espaciais neste ano. O país avisou que vai colocar nada menos que 60 naves, sondas ou satélites em 2020, a partir do lançamento de 40 foguetes.

As três principais missões serão a colocação em órbita de mais dois satélites geoestacionários BeiDou, que serão acrescentados à já existente constelação que provê serviço de geolocalização concorrente ao GPS (norte-americano), Galileo (europeu) e Glonass (russo).

Conforme a agência chinesa de notícias Xinhua, os lançamentos também preveem o lançamento de ao menos um satélite geoestacionário para comunicação, satélites de baixa órbita para fornecimento de banda larga em locais remotos, sensoriamento e broadcasting. Mas tais lançamentos não foram detalhados.

O país asiático ainda vai enviar a sonda Chang’e-5 para a Lua, com a missão de trazer amostrar do satélite natural à Terra, e uma sonda rumo a Marte. Serão colocados em uso três novos veículos de transporte, os foguetes Long March-5B, Long March-7A e Long March-8. O primeiro terá a função de enviar satélites de baixa órbita ao espaço. Conterá a cápsula central e capsulas de pesquisa para construção de uma estação espacial chinesa, que se inicia portanto neste ano.

O Long March-7A levará cargas médias de alta órbita, enquanto o Long March-8 será usado no transporte de grandes cargas para órbitas heliossíncronas para fins comerciais e deverá ter partes reutilizáveis, a exemplo do americano Falcon 9, criado pela SpaceX, do magnata Elon Musk.

Os chineses já começaram o ano com lançamentos. No dia 15, enviaram ao espaço três satélites para o sensoriamento remoto óptico da Terra, com finalidade comercial. Além de fotografar pontos do planeta com proximidade inferior a um metro, o equipamento é capaz de armazenar dados e transmiti-los em alta velocidade. O mesmo foguete carregou três satélites argentinos, também dedicados à observação terrestre. (Com agências internacionais)

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Da Redação

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