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BrPhotonics fecha as portas. Belga Skylane Optics estuda aquisição dos ativos

Joint venture entre CPqD e norte-americana GigOptix encerrou atividades no final de 2017, após desistência da sócia estrangeira.

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A fabricante brasileira de componentes para redes fotônicas, a BrPhotonics, fechou as portas no final de 2017. A empresa ficava em Campinas, no parque tecnológico do CPqD. Fundada em 2014, recebeu aportes do próprio CPqD, que a montou em joint venture com a norte-americana GigOptix. Em 2016, recebeu aportes ainda da Finep.

No entanto, o negócio não foi para a frente, apesar de haver clientes. A GigOptix foi comprada pelo grupo IDT em fevereiro de 2017, e decidiu sair da iniciativa. A empresa seria a responsável pela comercialização dos produtos no mundo. Sem o braço de vendas, os sócios brasileiros da BrP viram a viabilidade do negócio se dissolver.

O que restou da empresa, uma planta com linha de produção de silício, áreas limpas e laboratório, agora está à venda. A infraestrutura tem maquinário para empacotamento de chips e de fabricação de chips fotônicos. A concorrência vai até 28 de fevereiro.

Venda à vista

Pelo menos uma empresa está interessada. A Skylane Optics, fabricante de transceptores ópticos, estuda dar um lance pelos ativos. Há interesse pela linha de dispositivos fotônicos integrados, em substrato de polímero e em silício, o receptor em silício, e o laser sintonizável de cavidade externa.

A capacidade de produção da BrPhotonics chegava a 1 mil chipsets por mês. Os componentes eram usados em transmissores e receptores ópticos para redes de transmissão de 100 Gbps a 1 Tbps, em redes de fibra óptica de longa distância ou metropolitanas.

Pelos cálculos da Skylane, a BrPhotonics recebeu R$ 70 milhões em aportes de GigPeak, CPqD e Finep desde a fundação, em 2014. Afirma, também, que apenas Singapura e Bélgica, país de origem da Skylane, contam com fábricas capazes de produzir os chipsets que eram feitos na planta da BrPhotonics.

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