Brisanet propõe reserva de espectro para pequenos

Para o CEO da companhia, esses espectros devem se manter dedicados aos ISPs para facilitar a implantação da tecnologia nas pequenas cidades

O CEO da Brisanet, Roberto Nogueira, considera que os lotes regionais não arrematados pelos ISPs no leilao da 5G deveriam ser guardados para um novo lance no futuro.

Nogueira defende que em qualquer caso, os adquirentes terão o compromisso de implantar redes em todas as cidades da região com população abaixo de 30 mil habitantes.

O modelo de negócio da Brisanet é cobrir com backbone e backhaul todas as cidades da região, aproveitando os ativos dos ISPs já existentes, criar uma MVNO regional com a adesão dos parceiros e, em 2023, começar a implantar a rede 5G. Nogueira acredita que esse modelo de negócios é o que será estimulado pela Anatel.

O presidente da operadora disse que, para avançar nesse plano, a Brisanet criou uma segunda bandeira, a Agility Telecom, que funciona como uma franquia da marca.

Ele afirmou que em 10 meses de lançamento, já reuniu 140 ISPs parceiros. “A expectativa é de que em 2026 50% das cidades brasileiras estarão conectadas ao 5G”, disse.

Para Nogueira, nos primeiros cinco anos, o 5G funcionará como uma extensão da banda larga fixa, para dar mobilidade a esse serviço. Para Internet das Coisas (IoT) o uso ficará para mais tarde. “A fibra óptica vai estar em todas as casas e o 5G será uma bolha gigante de Wi-Fi”, avalia.

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Lúcia Berbert

Lúcia Berbert, com mais de 30 anos de experiência no jornalismo, é repórter do TeleSíntese. Ama cachorros.

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