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Brasil será centro dos negócios da China Mobile na América Latina

A China Mobile inaugurou hoje, oficialmente, seu escritório no Brasil. A unidade fica em São Paulo. A cerimônia de inauguração contou com representantes da Anatel e do governo brasileiro, e com o alto escalão da companhia chinesa. A empresa ainda vai iniciar o rito para obtenção de licenças de telecomunicações no país, mas já fala em negociar acordos de roaming com operadoras locais e na contratação da data center para oferta de serviços ao setor corporativo.

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Começou em 2016. Em setembro do ano passado foi registrada a abertura do CNPJ da holding da China Mobile no Brasil. Ao longo do último ano, uma equipe jurídica assessorou os chineses a se estabelecer no país. O projeto se tornou oficial hoje, 15, com a inauguração definitiva do escritório da operadora no país.

Localizado em São Paulo, o escritório deve ser o centro de comando não só dos negócios locais, mas também na América Latina. Para mostrar que não busca apenas uma aventura, os chineses realizaram hoje, no Hotel Unique, um grande evento com representantes do governo, da Anatel e de fornecedores de equipamentos.

Ainda não há data para que a China Mobile entre em operação no país. Neste momento, a companhia está reunindo informações sobre o mercado local. Na fase atual, busca assessoramento sobre o que é necessário para implantar seus serviços. E já recebeu indicativos da Anatel de que não pode começar a trabalhar com telecomunicações sem obter, antes, uma licença.

O que resta? Enquanto se prepara para iniciar o rito burocrático de obtenção de licença, a operadora estuda ofertar serviços de conectividade corporativa e TI, além de fechar contratos de roaming com as operadoras locais. Em sua apresentação de hoje, deu a entender que pode contratar quatro data centers para a oferta de serviços no Brasil, e que não descarta investimentos próprios no segmento.

China olha o Brasil

A chegada da China Mobile acontece em meio a uma movimentação intensa dos asiáticos nos últimos dias. Nos últimos 20 dias, representantes da Anatel e do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) se encontraram com alto escalão da China Telecom, operadora de infraestrutura fixa, China Development Bank, banco de fomento daquele país, e agora, a companhia de telefonia móvel.

Em pauta, assuntos diversos, desde uma saída para a Oi, concessionária nacional super-endividada e que passa por recuperação judicial, a como obter autorização para iniciar os negócios localmente.

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